Banco Alimentar dinamiza nova campanha e apela “à solidariedade de todos os portugueses”

O Banco Alimentar Contra a Fome vai realizar uma recolha de alimentos, com o mote ‘a sua ajuda pode ser o que falta à mesa de uma família’, entre esta sexta-feira e domingo, de 1 a 3 de dezembro. A iniciativa decorre também na ilha Terceira e em São Miguel.

“Angariar alimentos básicos, relativamente aos quais não existem excedentes (como leite, arroz, massas, azeite, óleo, grão e feijão, atum, salsichas, bolachas e cereais de pequeno almoço); incentivar a partilha com as pessoas que não têm alimento à sua mesa e sensibilizar a comunidade para as carências alimentares que afetam muitas famílias” é o grande objetivo desta iniciativa que ocorre em todo o país.

“O apelo que lançamos justifica-se porque nesta época de grandes dificuldades existem cada vez mais pessoas necessitadas que precisam de ajuda para se alimentar e para quem o apoio solidário, através das instituições sociais, que recebem produtos do Banco Alimentar, transportam consigo alimento e dignidade, mas também afecto e esperança que por vezes perderam, isoladas que estão na sua carência” refere a organização na Terceira, na nota enviada ao sítio Igreja Açores.

O Banco Alimentar na Terceira está intimamente ligado à rede social de apoio da Igreja nomeadamente Conferências Vicentinas e Centros Sociais e Paroquiais que são interlocutores privilegiados da instituição para a distribuição dos bens.  De resto, é sublinhada a participação regular das crianças da catequese e também dos escuteiros católicos nesta iniciativa.

Uma campanha nacional

“Com esta campanha, queremos apelar à solidariedade de todos os portugueses e incentivar à participação numa altura em que cada vez mais famílias enfrentam dificuldades, em resultado da inflação e, sobretudo, do grande aumento das taxas de juro dos créditos à habitação”, explica a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome, numa nota citada pela Agência Ecclesia.

Isabel Jonet lembra que os dados do INE, revelados recentemente, apontam um “agravamento da taxa de pobreza, com 17% da população em risco de pobreza” e a quem a solidariedade “pode trazer algum conforto e esperança”.

‘A sua ajuda pode ser o que falta à mesa de uma família’ é o mote da campanha que o Banco Alimentar Contra a Fome vai realizar no início do próximo mês, entre 1 e 3 de dezembro, Isabel Jonet destaca que vão ser três dias de “trabalho intenso, justificado pela necessidade de tantas famílias que procuram este apoio alimentar”.

A presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome recorda que, no ano passado, os 21 Bancos Alimentares em atividade entregaram “28.905 toneladas de alimentos, que achegaram a “395 mil pessoas com carências comprovadas”, através de 2500 instituições sociais.

“Este ano, temos visto os pedidos de ajuda aumentar, pelo que todo o apoio, quer da nossa grande equipa de voluntários quer de todos os portugueses que contribuem com doações, pode realmente fazer a diferença para que estas famílias tenham alimento à mesa, não só no Natal, mas todos os dias”, sublinhou Isabel Jonet.

Para esta recolha de alimentos anual, entre sexta-feira e domingo, o Banco Alimentar Contra a Fome conta com a ajuda de 40 mil voluntários que vão estar “em mais de 2000 superfícies comerciais de norte a sul do país a convidar à participação”.

Qualquer pessoa pode participar e doar produtos, “de preferência não perecíveis (como arroz, azeite, conservas, massa, leite, açúcar ou farinha)”, aceitando um saco do Banco Alimentar e entregando-o aos voluntários à saída,

O Banco Alimentar Contra a Fome destaca que para além da doação de produtos aos voluntários e da campanha online – em www.alimentestaideia.pt –, existam também a possibilidade de “contribuir com vales disponíveis nas caixas dos supermercados”, cada um tem um código de barras específico de produtos.

O Banco Alimentar foi criado em Portugal em 1991 com a missão de lutar contra o desperdício e distribuir apoio a quem mais precisa, em parceria com instituições de solidariedade e com base no trabalho voluntário; existem 21 Bancos Alimentares: Abrantes, Algarve, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Cova da Beira, Évora, Leiria-Fátima, Lisboa, Madeira, Oeste, Portalegre, Porto, S. Miguel, Santarém, Setúbal, Terceira, Viana do Castelo, Viseu.

(Com Ecclesia)

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