Bispo Coadjutor de Angra exorta cristãos a serem testemunhas da “proposta de salvação” de Jesus

D. João Lavrador preside à primeira celebração dominical na Sé, uma semana depois de ter entrado na diocese

O novo bispo coadjutor de Angra convocou todos os cristãos açorianos a serem “testemunhas” da esperança “na salvação” proposta por Jesus Cristo, através de “gestos e ações concretas”.

Na primeira celebração eucarística dominical a que presidiu na Catedral, em Angra do Heroísmo, uma semana depois de ter entrado oficialmente na diocese, convidou os católicos a transmitir a sua fé em todos os lugares, “ajudando a limpar caminho” e a “derrubar as barreiras e os obstáculos que impedem a nossa conversão, isto é, o nosso caminho ao encontro do Senhor”.

Partindo da figura de São João Batista, “que deve ser um modelo para nós”, D. João Lavrador recordou os “modernos desertos” da vida e da humanidade que “sofre, com tantas injustiças concretas, pelo mal e pelos pecados”, sejam “individuais ou estruturais” que “ameaçam a vida das pessoas”, retirando-lhes “esperança”.

E, alertou para a “presunção” de se pensar que tudo está bem e que não é preciso alterar nada na vida, apenas pelo facto de se ser católico.

O prelado exortou os cristãos a “lavarem as suas vidas e a purificarem-se para que Deus entre no íntimo de cada um e de cada comunidade”.

“Temos de perguntar-nos se estamos efetivamente a percorrer o caminho certo, a viver uma vida segundo o Evangelho”, disse ainda o prelado desafiando os cristãos a “abrir o coração e a entender todos aqueles que se cruzam connosco”.

“Só assim seremos anunciadores de uma nova esperança, aquela que nos salvará”, acrescentou.

“É preciso que retomemos a confiança que é dada na fé de que Deus nunca nos abandona” e que “ há de demolir o que é obstáculo e tudo aquilo que impede que Ele se manifeste na vida concreta” precisou.

“Deus no seu amor e bondade vai intervir e transformar a existência, saibamos derrubar os obstáculos que impedem o seu caminho”, disse ainda.

O novo Bispo Coadjutor lembrou que o Advento é o tempo certo para “avançar na estrada da salvação”, da qual “ninguém está excluído”, pois “Deus quer que todos os homens sejam salvos por meio de Jesus Cristo”.

D. João Lavrador, que começou e terminou a Eucaristia com uma saudação aos presentes na Sé, mas especialmente aqueles que seguiram a Eucaristia através da Rádio- Antena 1 Açores e Rádio Clube de Angra-, sublinhou a importância da “conversão”, uma ideia que marca o tempo do Advento, “um tempo de expetativa e de esperança”, que precede a celebração do Natal no calendário católico.

De resto, no final dirigindo-se aos não crentes, citando o Papa Emérito Bento XVI, de que “a falta de Deus é porventura a maior das pobrezas”, disse que este é, também, o “tempo favorável para deixarmo-nos tocar por Deus” através da celebração do nascimento do seu filho.

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