Bispo de Angra desafiou sacerdotes a serem mensageiros da comunhão e do perdão de Deus

D.João Lavrador presidiu à Missa do Jubileu dos Sacerdotes

O bispo de Angra desafiou hoje em Ponta Delgada os sacerdotes a configurarem continuamente o seu ministério ao exemplo de Cristo, durante a celebração da solenidade do Sagrado Coração de Jesus, na qual foram assinalados oito jubileus de membros do clero diocesano.

Numa missa incluída no Jubileu dos Sacerdotes , celebrada na Igreja Matriz de São Sebastião, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel,  D. João Lavrador salientou que à semelhança de Cristo, o Bom Pastor, o coração do sacerdote só pode estar focado em duas realidades: Deus e as pessoas.

“Nós sacerdotes somos os primeiros a ser agraciados por este excelente dom que é o amor infinito de Deus”, disse o prelado sublinhando que o sacerdote é “para a igreja e para o mundo a testemunha privilegiada da doação de Deus em si mesmo e para com as criaturas”.

Por isso, adianta, a vida do sacerdote  “só se compreende numa doação total de nós próprios, numa vivência profunda de comunhão no presbitério e numa sintonia com os mais frágeis da sociedade”.

“A nossa primeira chamada é fazer comunhão com este amor total de filiação: Jesus chamou-nos para participar na vida divina; por isso ai de nós se não formos testemunhas vivas desse amor”.

O bispo de Angra salientou ainda três aspectos que devem reger a ação de todos os presbíteros: “ser” à imagem do bom pastor, dar prioridade à ação pastoral e manifestar a alegria da missão.

“Um pastor à imagem de Jesus não descansa enquanto não encontra a ovelha perdida”, disse o bispo de Angra.

“Um pastor não é um funcionário do divino; somos convidados a participar na sua vida e a encerrarmo-nos no seu coração; por isso é nossa missão dizer com a nossa vida, olhando sempre para os mais frágeis”.

Ainda sobre o ministério sacerdotal, D. João Lavrador frisou a importância de padres  estarem verdadeiramente sintonizados com os problemas e os desafios da suas comunidades, mais do que com o seu próprio bem estar.

“Numa sociedade marcada pelo desencontro e individualismo, de nefastas barreiras e conflitos, pertence-nos a missão de sermos testemunhas do encontro e da comunhão” disse D. João Lavrador.

“Temos necessidade de fazer a experiência do perdão e da verdade e temos a obrigação  de oferecer o perdão” frisou apelando aos sacerdotes para que sejam capazes de se comprometer na promoção do encontro e na oferta do perdão.

“Comprometamo-nos em levar a misericórdia de Deus aos homens e façamo-lo com alegria, não do êxito ou dos números mas aquela que resulta do facto de uma ovelha ter sido salva”.

D.João Lavrador terminou a sua homilia agradecendo o “sim” de todos os sacerdotes presentes, em especial aqueles que este ano vivem as bodas de ouro ou de prata da sua ordenação sacerdotal.

Desafiou, ainda, os participantes do Jubileu a questionarem em cada dia “a sua identidade de pastores”, a razão do seu ministério, e a renovarem as suas promessas de ordenação.

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