Bispo de Angra diz que Portugal tem a “obrigação histórica” de dar o exemplo de acolhimento de migrantes e refugiados

43ª Semana Nacional das Migrações decorre até 16 de agosto

A Europa, e Portugal “em particular”, têm de promover a “abertura de fronteiras e acolher” quem procura fugir à guerra e ter uma oportunidade, disse esta terça feira ao Sítio Igreja Açores o Bispo de Angra.

A propósito da 43ª Semana Nacional das Migrações, que a igreja católica portuguesa está a assinalar até ao próximo dia 16 de agosto, D. António de Sousa Braga lembra “as responsabilidades históricas” do país de ser “testemunha contra o perigo real da Europa se fechar”.

“As nossas possibilidades até podem nem ser muitas mas como país de emigrantes e, sobretudo aqui na diocese, como região de emigrantes temos o dever e a obrigação de acolher e ensinar outros a acolherem”, disse o prelado diocesano.

“Há povos que fogem à guerra e procuram nas nossas fronteiras a oportunidade que a sua terra lhes nega. É óbvio que tem que haver controlo por parte das instâncias europeias, mas também tem de haver abertura e historicamente temos essa obrigação, se queremos ter futuro e queremos promover uma sociedade mais justa, não nos podemos fechar”, concluiu o Bispo diocesano.

Portugal prepara-se para acolher 1500 refugiados sírios, nos próximos tempos.

A Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana e a Obra Católica Portuguesa das Migrações estão hoje e amanhã a promover em Fátima uma jornada de reflexão sobre este assunto tendo em vista o horizonte mais imediato.

Além do acolhimento, os responsáveis católicos procuram pontes de integração dessas pessoas.

A reunião com os secretariados diocesanos está inserida no programa da Peregrinação do Migrante e Refugiado a Fátima, que decorre nos dias 12 e 13 de agosto.

Os trabalhos com os secretariados vão contar com a participação de responsáveis pela pastoral das migrações de outros países, que partilharão as suas experiências.

A ideia é também apostar na criação de estruturas de acolhimento aos refugiados, apostando na formação de recursos humanos e num maior envolvimento por parte dos sacerdotes, leigos, religiosas e religiosos.

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