Bispo de Angra exorta os cristãos a seguirem a disponibilidade de Maria

D. António de Sousa Braga celebrou dia de Nossa Senhora do Carmo na Igreja do Colégio em Angra do Heroísmo.

A sociedade precisa de cristãos disponiveis para ajudar gratuitamente e que não se deixem levar apenas por interesses pessoais, disse esta manhã o Bispo de Angra durante a celebração a que presidiu na Igreja do Colégio em Angra do Heroísmo, ilha Terceira,  para invocar Nossa Senhora do Carmo (Clique aqui para homilia na íntegra) »»».

 

O Prelado diocesano lembrou que tal como Maria, se assumiu como a “serva do senhor” disponível para fazer “segundo a sua vontade”, também os cristãos devem seguir esse “modelo de disponibilidade,  passando (tal como Ela) um cheque em branco, pondo-se totalmente nas mãos de Deus, para realizar os Seus desígnios e não projetos pessoais”.

 

“A festa de Nossa Senhora do Carmo é a celebração do Primado da Graça, na nossa vida cristã”, sublinha D. António de Sousa Braga, retomando as palavras do então teólogo Joseph Ratzinger, no livro “Introdução ao Cristianismo”,  que o ser humano “não se realiza nem santifica, por meio daquilo que faz, mas sim por meio daquilo que recebe… Cristão é aquele que sabe, antes de mais, que vive, sobretudo, dos dons que lhe são concedidos”.

 

“A primeira palavra, a iniciativa e a atividade verdadeira vem de Deus e só inserindo-se nesta iniciativa divina, nos podemos tornar também – com Ele e n’Ele – evangelizadores”, precisou o Bispo de Angra.

 

D. António de Sousa Braga lembrou, ainda, o significado desta festa de Nossa Senhora do Carmo, que nos reporta ao Monte Carmelo, situado na Galileia, lugar de oração e de uma profunda experiência de fé do profeta Elias.

 

“Carmelo” significa: vinha (carmo) do Senhor (elo). Nesse monte, sucederam-se várias gerações de eremitas, até se organizar a Ordem dos Carmelitas, que pretendem cultivar e fazer frutificar a vinha do Senhor, através da contemplação e da oração, sob o patrocínio de Nossa Senhora.

 

No séc. XII, aquando das perseguições na Terra Santa, os Carmelitas refugiam-se na Inglaterra, onde se fixam e têm como superior Simão StocK.

 

No meio das dificuldades por que passava a ordem, S. Simão pede a Nossa Senhora um sinal especial de proteção. Nossa Senhora deu-lhe o escapulário, sinal de proteção contra os perigos e penhor de salvação.

 

Para o responsável pela Igreja nos Açores “o escapulário não é- contudo- um talismã ou amuleto, mas um  sinal sensível da gratuidade da salvação de Deus, que deve ser acolhido com a disponibilidade de Nossa Senhora. Ela é a «cheia de graça», porque recebeu tanto de Deus. E acolheu tudo”.

 

A devoção mariana a devoção mariana “não é , por isso, algo de opcional” – no sentido de que se pode ter ou deixar de ter – mas faz parte do desígnio da salvação de Deus, conclui o prelado diocesano.

A seguir à eucaristia realiza-se a tradicional procissão pelas ruas de Angra do Heroísmo.

 

Também na Horta, ilha do Faial  hoje celebra-se a solenidade de Nossa Senhora do Carmo bem como em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, onde a igreja de Nossa Senhora do Carmo, fechada ao culto durante o ano,  reabre portas para oferecer além da Eucaristia vários momentos musicais interpretados pela professora de música Isabel Albergaria e alunas do Conservatório Regional de Ponta Delgada.

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