Bodos do Ramo Grande confinados ao ambiente familiar

Resignação marca vivência da maior festa açoriana

Desde o inicio do ano que os mordomos do Divino Espírito Santo sabem que a festa deste ano tem de ser contida por causa das condições sanitárias na sequência da covid-19. Ainda assim, há quem não desista e prossiga a festa embora num ambiente estritamente familiar e restrito à caridade.

“A aceitação foi maior. As pessoas estão cientes de que a celebração será muito familiar; mas com um sentido profundo da comunidade e na celebração em honra do Divino” refere o ouvidor da Praia, padre Emanuel Valadão Vaz.

Este domingo e o próximo seriam, porventura, os dias mais importantes na ilha Terceira. Os dois bodos este ano não se celebram nos terreiros dos Impérios e as comunidades vão celebrar apenas na Igreja e distribuir pão e vinho.

“Houve um consenso grande e de respeito por uma decisão que foi tomada de forma consciente” sublinha o sacerdote.

“As pessoas estão serenas, esperando que no próximo ano tudo já possa vir a ser diferente” esclarece ainda em declarações ao programa de rádio Igreja Açores, que vai para o ar este domingo de Pentecostes, ao meio dia no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

Pelo segundo ano consecutivo a festa não sai à Rua, mas o Espírito “mantém-se” adianta o padre Emanuel Valadão Vaz, ouvidor numa das zonas mais vivas em matéria da vivência deste culto.

“Apesar da situação não  há problemas nem desmobilização; a celebração vai continuar no futuro”, refere.

Também nas restantes ilhas, os vários impérios vivem-se apenas nas coroações, sem cortejos , e nas ofertas de carne, pão e vinho.

Este sábado realizou-se o primeiro império de Pentecostes, na Silveira do Pico.

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