Catequistas “não são donos da verdade mas os seus servidores”

Retiro para catequistas em Angra do Heroísmo orientado pelo Vigário geral da Diocese, Pe Hélder Fonseca Mendes

A ideia de que o catequista não se deve impor como “dono da verdade” mas ser “seu servidor” foi o ponto de partida para a orientação espiritual do retiro para catequistas, realizado esta sexta feira no Seminário Episcopal de Angra, pelo Vigário Geral da Diocese a partir de dois documentos dos Papas Paulo VI e Francisco.

Com o tema “A Espiritualidade de um catequista”, este retiro anual, feito por ocasião do advento, `constitui uma oportunidade para os jovens, terem o conhecimento da plavra de Deus.

“Não somos donos da verdade ; nada impomos à consciência dos outros, mas não deixaremos de propor à liberdade de consciência o bem e a verdade”, disse o Pe Hélder Fonseca Mendes, sublinhando a “necessidade” do catequista ir às “fontes da fé: o Evangelho e o Espírtito Santo”.

Na linha do que tem defendido o Papa Francisco, o sacerdote lembrou é “dificil” transmitir a fé “pelas dificuldades pessoais de cada um” mas também “pelas resistências exteriores”. No entanto, “este tempo não é pior que outros, apenas diferente” e, por isso, os catequistas, sendo “evangelizadores com espirito e impulso missionário” têm de ser “pessoas adultas, maduras e responsáveis”.

O catequista”não age por conta própria mas com a inspiração do Espírito Santo e evangeliza pelo que diz, pelo método que utiliza e pelo testemunho da própria vida” frisou, ainda, o Pe Hélder Fonseca Mendes.

De acordo com o assistente deste retiro, que envolveu cerca de 100 catequistas da ilha Tercira , entre eles três seminaristas, hoje estamos perante “uma geração incrédula onde a força do Evangelho pode preencher o vazio e o desejo do coração”, mas é necessário que se tome consciência de que a “catequese e a transmissão da fé não são um processo de continuidade mas de rutura” que impele “a um começar de novo”. Daí que ” a mensagem ” e a “forma” como ela é comunicada seja tão importante, embora “tenhamos que ser pacientes”, concluiu.

Este retiro de catequistas alargado a toda a ouvidoria, promovido pelo Serviço Diocesano de Apoio à Evangelização e Catequese, é habitual nesta altura do advento, realizando-se outro geralmente na Quaresma.

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