“Não sejamos nós a  impedir que outros se aproximem de Jesus; a fazermos julgamentos dos outros  ou a pôr o direito à frente do amor”, disse o padre  José Júlio Rocha

Novenário de preparação da Solenidade da Imaculada Conceição no Santuário Diocesano de Nossa Senhora da Conceição arranca com um convite à conversão do coração

Começou esta segunda-feira, e prolonga-se até ao próximo dia 7, o novenário de preparação da Solenidade da Imaculada Conceição com um pedido expresso do primeiro pregador, padre José Júlio Rocha, à conversão.

“Que não seja apenas uma festa para ouvirmos umas belas palavras, para rezarmos bem o terço ou ouvirmos cânticos belos. O importante é que isto sirva para a nossa conversão interior, para a conversão da nossa alma do nosso coração; que seja uma forma de nos aproximarmos de Jesus através de Maria” disse o assistente diocesano da Comissão Justiça e Paz aos participantes na Eucaristia que decorreu esta tarde no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, “um ponto de referência nesta ilha e nesta diocese”.

O sacerdote falou de Maria, “a menina de Nazaré que foi considerada em 2012 como a maior influencer do mundo”, pela revista National Geographic.

“Porquê? Porque tem o poder do amor” interpelou o sacerdote ao salientar que com Maria “a nossa fé, a nossa vida torna-se mais doce. A Igreja tem uma mãe”, recordou o sacerdote repetindo a afirmação do Papa Francisco em Francisco em maio de 2017, por ocasião da comemoração do Centenário das Aparições em Fátima.

Durante a homilia, e a partir da liturgia proclamada, o sacerdote salientou a importância do projecto de salvação apresentado por Jesus, que é um “projecto para toda a humanidade”, sem fazer aceção de pessoas.

“A nossa vida muitas vezes é contra Deus, é uma luta com Deus, para não o deixarmos entrar nas nossas vidas, mas quando Deus vence esta luta é uma vitória de Deus, quando Ele não a consegue vencer também nós perdemos a fé”, disse o presbítero.

“Jesus abre todos os caminhos, em todas as direções. Estamos perante Jesus que não morreu apenas para salvar alguns, mas pela multidão dos homens”.

O sacerdote adentrou-se por esta ideia de salvação e, sobretudo, do perdão.

“A forma mais solene de presença de Jesus em nós é a comunhão, mas  ninguém é digno de comungar; todos somos demasiado pequenos, fracos e pecadores para merecermos comungar Jesus” disse o padre José Júlio Rocha.

“É, por isso,  um gesto de graça” disse ainda  pedindo aos presentes para não se deixarem seduzir por julgamentos precipitados que se afastas da bondade e da justiça de Deus.

“Quem somos nós para julgarmos os outros,  nós que tantas vezes comungamos com a distração de uma criança que joga ao berlinde . Temos de ter cuidado para que não sejamos nós a  impedir que  outros se aproximem de Jesus; a fazermos julgamentos dos outros  ou a pormos  o direito à frente do amor”, esclareceu.

Dia de 8 dezembro sete celebrações Eucarísticas preencherão o dia para proporcionar a todos uma participação ativa e plena nas festividades da Santíssima Virgem Maria, no Santuário de Fátima.

“Todos os caminhos vão dar ao Santuário; que sejam dias de vivência espiritual que proporcione um encontro com Deus e com Nossa Senhora e que seja um momento de viragem transformadora para todos” refere o reitor numa mensagem dirigida através do Igreja Açores a todos os angrenses.

A pregação diária e a Missa das 12h00 no dia 8 serão transmitidas pelo Rádio Club de Angra e pela Vitec.

As festas de Nossa Senhora da Conceição são festas muito participadas que nos últimos anos têm sido assinaladas de forma muito restritiva em virtude da situação pandémica.

O culto de Nossa Senhora da Conceição é um dos mais antigos em Angra do Heroísmo. A primeira igreja de Angra que lhe é dedicada é mandada construir em 1470, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição que o sismo de 1980 haveria de destruir.

Com a reabertura do templo reconstruído, no momento em que se celebrava o Ano Episcopal Mariano, o pedido de elevação da Igreja de Nossa Senhora da Conceição a Santuário Mariano foi feito nesse mesmo ano de 1987 pelo pároco da altura, Pe Adão Teixeira, benesse que foi concedida ainda no mesmo ano pelo Bispo de Angra, D. Aurélio Granada Escudeiro.

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