Comunidade Paroquial do Santissimo Salvador do Mundo na Ribeirinha celebra 60 anos

Freguesia da costa norte da ilha de São Miguel assinala quase dois séculos da construção da igreja

Começou este fim de semana o programa comemorativo dos 60 anos de elevação do lugar da Ribeirinha, na ouvidoria da Ribeira Grande, costa norte da ilha de São Miguel, a Paróquia, embora a data festiva só se celebre a 25 de maio de 2016.
De acordo com uma nota enviada pelo Pároco ao Sítio Igreja Açores, a decisão (do Conselho Pastoral) foi promover um programa mais alargado de comemorações que teve inicio já este sábado com uma missa solene animada pelo coral de Santa Cecília, e outra no domingo , animada pelo coro juvenil paroquial.
Além de outros eventos religiosos que irão decorrer na paróquia para assinalar a efeméride, realizar-se-ão alguns eventos de cariz cultural e recreativo, que passam pela música como já aconteceu este fim de semana com uma noite de fados, seguido do Sagrado Lausperene com a presença dos grupos da catequese e diversos movimentos paroquiais, sendo o encerramento presidido pelo pároco, Pe Vitor Medeiros, com pregação do Pe Roberto Cabral, pároco in solidum da cidade da R. Grande de Conceição e Pico da Pedra.
O Bispo de Angra associou-se à abertura das comemorações, enviando uma carta à comunidade paroquial.
“Comemorar significa não apenas recordar o passado, mas, sobretudo, trazer para o presente os valores do passado. Faço votos que as iniciativas promovidas, para comemorar a efeméride ajudem a recuperar e a traduzir na prática, hoje, aqui e agora, os valores de sempre” afirmou D. António de Sousa Braga.
“Historicamente, as nossas freguesias formaram-se à sombra da Igreja. Aliás, a palavra «freguesia» é de origem eclesiástica. Vem de «fregueses», «feligreses»: filhos da Igreja” lembrou o prelado diocesano sublinhando a importância do conceito de vizinhança.
“Para a comunidade cristã ficou o nome civil «paróquia», que significa literalmente «vizinhança»: os paroquianos são os vizinhos, que vivem perto uns dos outros e formam a comum-unidade”, disse ainda frisando que é preciso aproveitar esta oportunidade para “construir a «comum-unidade», para bem da «freguesia»”.
Simultaneamente, esta paróquia no próximo ano celebra os 190 anos da edificação da sua Igreja.
De acordo com a nota e, com base no testemunho do Pe Artur Pacheco Agostinho, a igreja “foi construída de 1826 a 1861. Tem proporções de catedral devido à altura das suas naves laterais que têm 14 metros “.
Segundo relatos históricos, no lugar de Ribeirinha já existia no século XVI uma ermida do Ss. Salvador do Mundo, construída acima da ribeira, no outeiro do mesmo nome, que terá recolhido os padres do Vale das Furnas, por ocasião da erupção vulcânica ocorrida na primeira metade do século XVII.
D. Frei Lourenço de Castro, ao visitar a ilha de São Miguel durante o ano de 1674,fundou o curato da Ribeirinha com a invocação de São Salvador do Mundo, a mesma da sua Sé Catedral de Angra. E em 27 de agosto de 1836 foi desanexado da Matriz de R. grande, sendo Bispo D. Frei Estevão de Jesus Maria.
Por causa do aumento do número de habitantes da Ribeirinha começou a ser edificada a atual Igreja dedicada ao Ss. Salvador do Mundo.
Por fim, no dia 25 de maio de 1956, D. Manuel Afonso de Carvalho, elevou o curato da Ribeirinha a paróquia, ficando desde então com todos os privilégios e encargos que o Direito lhe confirmava, sendo nomeado como seu primeiro pároco o Padre Artur Pacheco Agostinho.
Depois dele já foram nomeados párocos os padres Vítor Arruda, José Francisco Sousa, José Tavares, missionário comboniano, Vítor Medeiros, Jason Gouveia, Abel Toste, sendo o atual pároco, novamente, o Padre Vítor Medeiros.

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