Conselho Nacional da pastoral familiar discute a morte como uma oportunidade de reflexão sobre a família

Na reunião, que decorreu em Fátima, participaram elementos do Serviço Diocesano da Pastoral familiar

O Conselho Nacional da Pastoral Familiar reuniu-se este sábado, em Fátima, com uma reflexão sobre a morte, na qual se percebeu que a pastoral da família tem “campo de ação” no aprofundamento do tema da morte, do luto e da capacidade de integração.

“É uma participação que temos vindo a ter com a pastoral da mensagem de Fátima e é uma matéria que abordámos e achamos que é uma área que a pastoral da família tem campo de ação”, explicou o coordenador da Pastoral Familiar, Manuel Marques, em declarações à Agência ECCLESIA.

O tema central para este Conselho Nacional, no qual participaram o assistente e o casal responsável pela pastoral familiar na diocese de Angra, surgiu para envolver as dioceses nesta reflexão que já tem um “caminho trilhado”.

“A experiência da morte que a sociedade faz hoje é muito diferente da de há umas décadas atrás. O que mudou no modo de morrer? Desde sempre o Homem morreu no lugar em que viveu, nas mãos dos seus e isso hoje não acontece”, referiu o padre José Nuno Silva, Capelão do Santuário de Fátima e membro da equipa de pastoral.

O sacerdote que proferiu a conferência “A família quando as crianças morrem ou perdem – No centenário da morte de Francisco e Jacinta” disse ainda que o afastamento dos que estão a morrer nos torna incapazes de aceder à consciência de finitude e se isso não acontece, não se consegue aceder à pessoa de Jesus Cristo, Ele que morreu e ressuscitou”.

O padre José Nuno disse ainda aos presentes que é necessário maior acompanhamento na hora da morte e às famílias enlutadas, uma lacuna que também acontece nas celebrações litúrgicas.

“Não cuidamos da morte, não acompanhamos os enlutados, fazemos celebrações de funerais muito pobres, sem beleza, com linguagem litúrgica que muitas vezes não está adaptada as novas circunstâncias”, apontou.

A participação nestes encontros de carácter nacional dos responsáveis pelo Serviço Diocesano é uma prática recorrente que se junta a outras atividades definidas para o ano pastoral. Desde logo a preparação, pela primeira vez, do Dia Diocesano da Família que irá decorrer em Vila Franca do Campo no dia 26 de abril.

Os casais de ligação da ilha de São Miguel da Pastoral Familiar, e os Responsáveis do movimento dos Romeiros, reúnem-se no dia 18 de fevereiro,  no Centro Pastoral Pio XII para prepararem a 1ª Festa Diocesana da Família. Entretanto prosseguem as visitas em ordem à consolidação das equipas da Pastoral Familiar das Ouvidorias. No mês de Março serão visitadas as Ouvidorias de Angra e Praia( em conjunto) e as Ouvidoria de Flores e Corvo, ficando a faltar apenas São Jorge e Santa Maria.

 

(Com Ecclesia)

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