Coordenador da Comissão Diocesana de acompanhamento da Caminhada Sinodal apela “à oração, escuta e discernimento”

Numa nota enviada ao Igreja Açores considera que “não há sobreposição, contradição ou incompatibilidade” entre a caminhada diocesana e a proposta de Roma

A Comissão Coordenadora da Caminhada Sinodal (CCCS) reuniu esta terça feira em Angra, de forma presencial, e pede “oração, escuta e discernimento” neste terceiro ano da caminhada sinodal, que se inicia na diocese em sede vacante depois da nomeação de D. João Lavrador para Viana do Castelo.

A CCCS mantém-se em funções apesar da “situação peculiar” do momento e, neste contexto, de trabalho sinodal em toda a Igreja no mundo, esta comissão será igualmente a “equipa de contato local na fase diocesana de preparação do sínodo dos bispos de 2023” para uma “Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

“Vimos que não há sobreposição, contradição ou incompatibilidade entre as duas propostas ou linhas, uma vez que promovem a mesma atitude, estilo, estruturas e acontecimentos eclesiais, embora com acentuações e diferentes nuances” afirma uma nota assinada pelo coordenador da Comissão, o cónego Hélder Fonseca Mendes.

“Vimos ainda que muito trabalho já realizado na escuta sobre a cultura atual, a situação social e económica, bem como a situação religiosa e eclesial nos Açores (1º ano), sobre uma Igreja evangelizadora, comunitária e participativa em todos os membros e numa igreja em permanente diálogo com o mundo (2º ano) é já uma resposta ao documento preparatório para o sínodo de 2023, a que acrescentaremos os resultados deste ano”, prossegue.

Por isso, acrescenta o documento, a CCCS define como “prioridade” levar por diante “os dois temas do 3º ano” e “na medida do possível responder às questões que são lançadas a nível da Igreja universal”.

Na nota enviada ao Igreja Açores são ainda apresentadas a metodologia de trabalho e a sua calendarização. A fase de auscultação das paróquias deve estar concluída até 30 de maio de 2022; segue-se até 30 de junho o trabalho nas ouvidorias e, até 15 de julho, a Comissão Diocesana deverá ter concluído o documento que enviará para a Conferência Episcopal Portuguesa.

Na fase do trabalho nas ouvidorias pode “terminar-se a consulta com uma assembleia pré-sinodal a nível de ilha ou ouvidoria com todos os participantes envolvidos no processo para que tomem conhecimento do trabalho local realizado”.

A Comissão apela à mobilização dos Conselhos Pastorais Paroquiais, ouvidorias, congregações religiosas, movimentos, associações de fiéis, novas comunidades eclesiais, Seminário , Instituto Católico de Cultura e santuários.

A diocese está neste momento no 3º ano da Caminhada Sinodal sobre uma igreja missionária e uma igreja integradora, com os pobres e para os pobres que escuta o grito dos que sofrem, com a principal pergunta para a consulta na Igreja universal: como é que este caminho em conjunto está a acontecer hoje na nossa igreja local? Que passos é que o Espírito nos convida a dar para crescermos no nosso caminhar juntos?”

A CCCS reúne presbíteros, religiosos e leigos de varias ilhas do arquipélago.

A Comissão Coordenadora é liderada pelo Cónego Hélder Fonseca Mendes, e integra ainda mais sete sacerdotes, três leigos e uma religiosa, a saber: o reitor do Seminário Episcopal de Angra, Pe. Hélder Miranda Alexandre; o Vigário Episcopal para a formação, padre Jorge Ferreira; o presidente do Instituto Católico de Cultura, cónego José Medeiros Constância; o chanceler da Cúria, cónego João Maria Mendes; o diretor do Serviço Diocesano para a Mobilidade Humana, cónego Jacinto Bento; o diretor do Serviço Diocesano de Liturgia, Pe. Marco Luciano Carvalho e o diretor do Serviço Diocesano da Catequese, Evangelização e Missão, Pe. Igor Oliveira. Entre os leigos, todos membros do Conselho Pastoral Diocesano, estão nomeados para esta Comissão Anabela Borba (presidente da Cáritas); Carmen Gonçalves, Ana Catarina Pires, André Soares Garrão e Alfredo Borba. Está ainda nomeada a religiosa Maria Emilia Barcelos Martinho.

Esta Comissão tem como tarefa principal, de acordo com o decreto episcopal  de 18 de dezembro de 2020, elaborar e acompanhar os textos que servirão de guião para a reflexão, para a elaboração de propostas concretas e definição de meios necessários ao bom desenrolar desta caminhada que tem como objetivo final a marcação de uma assembleia sinodal, em tempo oportuno.

(Noticia corrigida no dia 6 de novembro de 2021, às 16h00)

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