“Estou recolhido em casa, mas estamos juntos na oração. Unidos à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo vamos ultrapassar esta crise ”, afirma o bispo de Angra

D. João Lavrador afirma que “estamos todos do mesmo lado” contra o mesmo inimigo. Prelado apela à “responsabilidade e serenidade”

A Semana Santa começou de forma inédita e terminará da mesma maneira: igrejas vazias e inúmeras celebrações transmitidas pelos meios de comunicação social e digital. Em Angra, não foi nem vai ser diferente, mas o bispo D. João Lavrador convida os diocesanos a viver o caminho de Jesus de Nazaré, “que se encontra com toda a humanidade, desafiando a todos e carregando sobre si os sofrimentos, as exclusões, as amarguras, as injustiças e os clamores do homem ao longo da história”.

As celebrações a partir da Catedral insular têm transmissão em direto pela RTP Açores, Antena 1 Açores, Rádio Clube de Angra e VITEC.

“Na verdade, este ano não podemos separar este caminho do sofrimento que experimenta a população mundial a requerer gestos de amor, de partilha e de despojamento para aliviar a dor de quem sofre, mas igualmente a sabedoria necessária para auscultarmos o querer de Deus presente nestes sinais tão dramáticos”, indicou o responsável pela diocese açoriana.

“Estamos do mesmo lado, temos de ser muito responsáveis” adianta D. João Lavrador numa mensagem dirigida a todos os diocesanos que o Sítio Igreja Açores partilha.

“Estou recolhido na minha casa, tenho mais tempo para rezar, para a meditação, para me dedicar à leitura e para retomar outros trabalhos. Tenho procurado, dentro destas contingências, estar presente junto de todos”, adianta o prelado.

“Deus dá-nos bênçãos para cada momento e, de facto, este momento em que temos tanta tecnologia ao nosso dispor estamos sozinhos mas não estamos isolados. Pior seria se só tivéssemos os meios tradicionais para comunicarmos” reconhece elogiando o esforço que os sacerdotes e as famílias têm feito para estarem ligados.

Na semana mais importante para os católicos, D. João lavrador deixa uma mensagem de esperança dirigida a crentes e não crentes.

“Esta situação está a dar-nos tempo para Deus e isso é muito importante”.

“Ele abriu o horizonte da humanidade com a oferta de uma vida nova. Por isso, unidos à paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo vamos ultrapassar estes problemas”, conclui.

 

 

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