Festa de Santa Cecília celebrada na Matriz de Santa Maria Madalena

Pe Gaspar Pimentel diz que temos de viver com a certeza de que Deus está sempre connosco

A Igreja Matriz da Madalena, na ilha do Pico, celebrou este domingo a festa de Santa Cecília, com a presença dos ranchos e filarmónicas do concelho, no dia em que se assinalou o encerramento das portas santas do Ano Extraordinário da Misericórdia e se encerrou a Semana dos Seminários.

A celebração presidida pelo pároco e ouvidor da ilha, Pe Marco Martinho, foi concelebrada por vários sacerdotes e animada por alunos do Seminário de Angra.

O Pe Gaspar Pimentel, que foi o pregador da festa, lembrou a importância de considerarmos Deus nas nossas vidas, um Deus que “á amor” e “fonte de salvação” e que “se faz sempre presente”.

Fazendo uma analogia entre a vida e a música, o jovem sacerdote disse que Deus “é como o bombo que marca o andamento dos compassos da nossa vida. Marca não para nós ficarmos quietos, aliás quieto não é um andamento. Marca momentos lentos, andantes, moderatos, marciais, e por aí fora, consoante o momento”.

“A linguagem universal do amor que a todos chama à salvação, exige missão“ referiu ainda o Pe Gaspar Pimentel que não se coibiu de elogiar o modelo de Cecília, a padroeira dos músicos e o seu exemplo de santidade.

“É graças a mulheres e homens como Cecília, que a Igreja mesmo pecadora, é mais santa do que pecadora. É graças a homens e mulheres como Cecília que mesmo contra todas as guerras, batalhas, calúnias, mexericos, etc. que as nossas instituições permanecem. É graças a `Cecílias´ que não se desiste ao cheirar-se as dificuldades porque têm Deus consigo, mostrando que Deus é preciso na sua vida toda, porque cumprem os seus votos leal e responsavelmente”, afirmou o Pe Gaspar Pimentel durante a homilia deste domingo, na solenidade litúrgica de Santa Cecília.

O jovem sacerdote, natural da Fazenda do Nordeste, na ilha de São Miguel, lembrou a centralidade que Deus “deve ter” em todas as vidas porque é a garantia de uma “mensagem de esperança e de salvação”, que hoje quer dizer “felicidade”.

“Todos a buscam. Contudo há `felicidades´ que se apresentam como falsas. Não há meia felicidade. Ou é ou não é, e se é, é integral. O que seria da nossa chamarrita se só se fizesse um passo? O que seria de uma filarmónica que dispensasse o bombo que marca o compasso ou os clarinetes e trompetes, instrumentos de primeira linha? Não tinham como subsistir”, conclui o sacerdote.

“Tal como nós meus irmãos e minhas irmãs. Precisamos de tudo de todos e de um Tudo com T maiúsculo na nossa vida. Só aí a nossa vida é integral, só aí a nossa vida é feliz”. E, só “Somos felizes trabalhando por nós, pelos outros, para Deus. Esquecer isto é voltar às nossas babilónias escravizadoras. Esquecer isto é voltar aos velhos tempos onde eramos escravos e não filhos de Deus” concluiu.

A festa de Santa Cecília foi celebrada em várias paróquias da diocese de Angra. A padroeira dos músicos foi lembrada na Horta e na Povoação, ouvidorias que juntaram a festa ao encerramento dos jubileus da misericórdia e ao encerramento das respetivas Portas Santas.

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