Igreja Católica pede «classe» aos políticos e «propostas concretas»

País precisa de líderes que «não caiam no populismo demagógico», frisa o bispo de Leiria-Fátima

O bispo de Leiria-Fátima, vice-presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, manifestou o desejo de que a campanha para as próximas eleições legislativas seja marcada pela apresentação de “projetos e propostas concretas e compreensíveis para todo o povo”.

Numa abordagem a este tema, durante uma conferência de imprensa inserida na peregrinação internacional de agosto, D. António Marto defendeu que chegou a hora da “classe política” mostrar que “verdadeiramente tem classe”.

Para o prelado, os portugueses precisam de líderes capazes de promover “uma política de excelência, uma política que não seja cair no populismo demagógico, na distração do fait-diver, que não fica prisioneira da desqualificação do adversário, que é a coisa mais fácil”.

“A classe política quer o respeito do povo mas o nosso povo também merece o respeito da classe política”, frisou D. António Marto, para quem essa atitude se verá essencialmente numa busca mais “concreta pelo bem-comum”.

Sobretudo numa altura em que se tem afigurado “difícil atingir o consenso sobre os problemas fundamentais do país”.

O bispo exortou ainda as comunidades católicas e todo o povo português a estarem “conscientes dos seus direitos e deveres de cidadania”, para assim assumirem a responsabilidade “pela escolha que vão fazer”.

Durante a referida conferência de imprensa, dedicada à peregrinação internacional que decorreu esta quarta e quinta-feira em Fátima, D. António Marto referiu-se ainda à situação dos fogos que têm mais uma vez marcado o verão português, um pouco por todo o país.

Depois de deixar “uma palavra de solidariedade aos bombeiros e a todas as outras pessoas empenhadas no combate ao flagelo dos incêndios”, o vice-presidente da CEP exortou as populações a terem “um cuidado maior pela proteção da natureza e do ambiente”.

CR/Ecclesia

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