Igreja Católica promove coleta a favor dos cristãos da Terra Santa, que vivem «num contexto de necessidades absolutas»

Custódio destaca importância do peditório que vai decorrer este domingo

 O Custódio da Terra Santa afirmou que o peditório mundial que se vai realizar este domingo, para apoiar os cristãos nestes territórios, “é um gesto de partilha que envolve toda a Igreja”.

O franciscano Francesco Patton chama a atenção para este “pequeno gesto de solidariedade, no qual toda a Igreja é chamada a participar”, ajudando populações que vivem “num contexto de necessidades absolutas”.

A 1 de abril, a Santa Sé peditório anual em favor das comunidades católicas da Terra Santa, habitualmente realizado na Sexta-feira Santa, seria adiado para 13 de setembro, devido à pandemia de Covid-19.

“As comunidades cristãs na Terra Santa, também elas expostas ao risco de contágio e que, muitas vezes, vivem em contextos muito sofridos, todos os anos beneficiam da generosa solidariedade dos fiéis de todo o mundo, para poderem continuar a sua presença evangélica, além de manterem as escolas e as estruturas de assistência abertas a todos os cidadãos, em favor da educação humana, da convivência pacífica e do cuidado sobretudo dos mais pequeninos e mais pobres”, realça a nota da Congregação para as Igrejas Orientais (Santa Sé).

Este domingo foi escolhido por ser o mais próximo da Festa litúrgica da Exaltação da Santa Cruz (14 de setembro), data assinalada em Jerusalém com uma solenidade especial.

“Os cristãos ainda carregam a cruz em tantas situações marcadas pelo conflito e pela indiferença”, afirma frei Francesco Patton, em declarações enviadas à Agência ECCLESIA.

Este gesto solidário é também essencial para manter e cuidar os lugares santos do Cristianismo e para que os peregrinos ali possam fazer uma verdadeira experiência de proximidade com as origens da sua fé.

O custódio da Terra Santa lembra que “a cruz acompanha, ainda hoje, o caminho da pequena comunidade cristã que vive na Terra Santa” e, nestes tempos de pandemia, a situação da comunidade cristã se agravou bastante.

“Faltam os peregrinos e o trabalho ligado a eles que permite a muitos cristãos trabalhar com dignidade e alimentar as suas famílias”.

Frei Francesco Patton considera que os cristãos são “o sal evangélico, o fermento e a luz num contexto de necessidades absolutas”.

A Coleta a favor da Terra Santa é também um impulso solidário para as várias escolas, redes de instituições de apoio social, e auxílio aos mais necessitados nos lugares santos e nos países vizinhos.

A propósito desta coleta, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para a Igrejas Orientais, apela generosidade dos cristãos para com a Custódia da Terra Santa.

“Só sairemos deste terrível flagelo com a solidariedade, com a generosidade dos pobres e dos humildes, do rico, de todos os que dão o que puderem dar para a sobrevivência destes testemunhos de Jesus que todos podemos experimentar com as nossas peregrinações físicas na Terra Santa, mas que hoje devido as estas circunstâncias, se transformam numa peregrinação da oração, do Espírito, da invocação e da generosidade para contribuir para todos os lugares da Terra Santa e às necessidades dos nossos irmãos na terra de Jesus”, desenvolveu o colaborador do Papa.

Há 800 anos que os franciscanos zelam por estes Lugares Santos e pelas comunidades cristãs que os habitam.

(Com Ecclesia)

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