Igreja tem de dar às redes sociais o fermento do Evangelho, alerta bispo de Angra

V Jornada diocesana de Comunicação debate a partir de quinta feira, em Angra, as “Redes Sociais: itinerários para o encontro”

O bispo de Angra considera que as redes sociais deixam à igreja uma dupla interpelação que se prende com os critérios da sua utilização e a mensagem que nela passa em ordem a uma verdadeira comunhão.

Numa entrevista ao Igreja Açores, a propósito da V jornada diocesana de Comunicação, com o tema “Redes Sociais: itinerários para o encontro”, que se  realiza no Seminário de Angra, entre os dias 24 e 25 de outubro, D. João Lavrador lembra que as redes sociais “são uma realidade boa que pode ter um mau uso” e, por isso, “é importante refletirmos todos em conjunto pois toda a comunicação deve despertar a pessoa para o encontro com os outros e nunca para o seu isolamento”.

“As redes sociais têm esse risco e tornam-no muito presente”, esclarece destacando que a grande missão dos cristãos, sobretudo dos jovens, é tornar o ambiente digital onde estão “num veículo de comunhão e de fraternidade, promotor de uma humanidade onde não haja lugar à exclusão e à marginalização”.

“Tudo o que se possa afirmar acerca da importância das redes sociais, como novos areópagos, orienta-se para a sua utilização para evangelizar de forma adequada na cultura denominada de digital e das novas tecnologias”, afirma o bispo de Angra, convidando todos os comunicadores, os padres, os leigos, os educadores a participarem nesta Jornada.

“As redes sociais hoje são decisivas e temos de fazer este debate que é um desafio permanente e exigente” porque já não se trata de “utilizar, mas de estar nesta cultura para a fermentar com o Evangelho e a tornar verdadeiramente humana”, adianta.

“A  comunicação é uma realidade de primeira linha na defesa de valores humanos, sociais e culturais, como sejam a democracia, a liberdade e o bem comum, valores que defendemos e que a comunicação social também defende” referiu ainda.

O prelado olha para a realidade diocesana e invoca dois exemplos: a pastoral juvenil e a pastoral das comunicações sociais para reforçar a ideia de que a Igreja açoriana já está na rede. No entanto alerta, “o caminho é exigente e sempre em permanente atualização”.

“As redes sociais são um caminho sempre em aberto; elas ainda têm um desenvolvimento que há de vir. Já temos uma presença significativa porque não estamos só a utilizar a rede mas temos de pensar melhor a forma como a utilizamos”, conclui.

A V jornada diocesana de comunicação reúne especialistas, académicos e jornalistas sobre a temática das redes sociais.

A jornada começa às 20h30 doas dias 24 e 25 de outubro, no Salão do Seminário Episcopal de Angra e é aberta ao público em geral.

Pode inscreve-se aqui, de forma gratuita.

Scroll to Top