Lausperene na paróquia de Nossa Senhora do Rosário convoca jorgenses

Foto: Paróquia de NSR/Topo

Iniciativa decorre no primeiro domingo da Quaresma e é um “momento muito belo”, diz o pároco

O Sagrado lausperene, exposição do Santíssimo Sacramento, na igreja, aos fiéis, é uma tradição particularmente viva na diocese de Angra durante a Quaresma, sendo celebrada em várias paróquias em dias diferentes. Este domingo, o primeiro deste tempo de 40 dias que assinala o caminho de Jesus no deserto, a paróquia de Nossa Senhora do Rosário, no Topo, ilha de São Jorge, celebra esta tradição envolvendo toda a comunidade, que embora pequena, participa ativamente na celebração entre as 9h00 e as 20h00.

São 11 os grupos que animam este período de adoração, organizados por carismas – Leitores, acólitos, Grupo Coral, Irmandade do Espírito Santo, Apostolado de Oração e Movimento da Mensagem de Fátima, mas também grupos de moradores, por rua, que se disponibilizaram para integrar esta celebração.

“É um momento muito belo que envolve muitas pessoas” disse ao Igreja Açores o pároco, padre Dinis Silveira. A Igreja é toda enfeitada e no fundo os grupos organizam uma hora de Adoração a Jesus Sacramentado.

A instituição do Sagrado Lausperene comemora as quarenta horas que esteve no sepulcro o divino corpo do Redentor, e data, segundo se afirma, do ano de 1556. Parece que durante muito tempo se conservou privativamente monástica esta solenidade do culto, que veio a ser introduzida em Portugal pelos religiosos do mosteiro de Santa Maria de Alcobaça, em cuja ordem (a de S. Bernardo) passou por diferentes vicissitudes, sendo restabelecida e regularizada, em 1672, por frei António Brandão, geral da mesma ordem e ilustrado continuador da Monarchia Lusitana. O referido cardeal D. Luís de Sousa, arcebispo de Lisboa, solicitou da sede apostólica, no tempo da regência do príncipe D. Pedro, o privilegio da exposição permanente do Santíssimo Sacramento nas igrejas de Lisboa, como se praticava em Roma, obtendo do papa Inocêncio XI, no ano de 1682, a bula do jubileu do Lausperene, pela qual este pontífice permitiu que as igrejas da mesma cidade recebessem, por todo o circulo do ano, o Sagrado Lausperene, começando a sua distribuição pela sé Patriarcal no primeiro domingo do Advento e no domingo de Pentecostes, e concedeu indulgencia plenária aos fieis que verdadeiramente contritos, arrependidos, confessados e comungados, orassem nas igrejas designadas diante do Senhor Sacramentado.

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