Madalena do Pico vive festa da padroeira a partir desta quarta-feira

Ouvidor de Santa Maria é o pregador da festa que inicia as grandes festas de verão do Pico

Começa esta quarta-feira, dia 13 de julho, a festa em honra de Santa Maria Madalena, que será presidida, desde o novenário até ao dia da festa, a 22 de julho, pelo padre Rui Silva, ouvidor eclesiástico de Santa Maria.

Em chave sinodal, a festa tem como tema a Comunhão, Participação e Missão.

A festa, que celebra a padroeira do maior concelho da ilha do Pico, e inaugura as festas de verão na ilha montanha, inicia-se com o novenário, e uma missa às 19h30, desta quarta-feira.

De 13 a 21 de julho, a eucaristia do novenário será sempre às 19h30, precedida de um momento de celebração do Sacramento da Reconciliação na Igreja Matriz.

No sábado, dia 16 de julho, às 18h30, haverá um momento de exposição do Santíssimo Sacramento e no domingo dia 17 de julho, a missa é ao meio dia.

A solenidade de Santa Maria Madalena é celebrada a 22 de julho com duas eucaristias: uma às 10h30, com Celebração do Sacramento do Baptismo, seguida da bênção anual das viaturas e Saudação à Padroeira e outra às 17h30, que será a missa da festa.

Antes, porém, há o habitual Desfile de Filarmónicas e Saudação à Padroeira; a procissão solene será às 19h00, de sexta-feira, dia feriado no concelho.

Santa Maria Madalena passou a ser celebrada no Calendário Romano Geral com o grau de ‘Festa’ em 2016, por decisão do Papa Francisco.

“A primeira a chegar [ao sepulcro] é ela: Maria de Magdala, uma das discípulas que tinham acompanhado Jesus desde a Galileia, colocando-se ao serviço da Igreja nascente”, justificou o pontífice argentino.

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou, de resto, um novo decreto, datado de 3 de junho de 2016, “por desejo expresso do Santo Padre”, para promover e explicar esta mudança.

O texto sublinha que Maria Madalena foi a primeira “testemunha” e “anunciadora” da ressurreição de Cristo.

A decisão “inscreve-se no atual contexto eclesial, que exige uma reflexão mais profunda sobre a dignidade da mulher”, pode ler-se no documento.

Maria de Magdala, declarou na altura o santo padre, era a “mulher pecadora” que ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos, uma “mulher explorada e também desprezada por aqueles que se julgavam justos”.

A figura da Madalena foi motivo de debate ao longo dos séculos, em particular por causa de passagens de escritos gnósticos que aludem a uma proximidade entre Jesus e Maria Madalena e alguma hostilidade em relação a ela por parte de São Pedro e Santo André.

“A história de Maria de Magdala recorda a todos uma verdade fundamental: discípulo de Cristo é quem, na experiência da fraqueza humana, teve a humildade de pedir-lhe ajuda, foi curado por ele, e seguiu-o de perto, tornando-se testemunha do poder do seu amor misericordioso”, disse então o Santo Padre.

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