“Não se fechem as portas que a Cáritas abriu”

Bispo de Angra preside à abertura do Conselho Geral da Cáritas diocesana

O Bispo de Angra presidiu pela última vez ao Conselho Geral da Cáritas Diocesana, esta sexta feira à noite, na ilha Terceira, e manifestou o desejo de que todas as ilhas evoluam no aprofundamento da pastoral social da igreja.

D. António de Sousa Braga alertou para a influência direta dos sacerdotes no desempenho da Cáritas nas respetivas ilhas e pediu expressamente aos presentes que “não deixem que as portas abertas pela Cáritas se voltem a fechar”.

Para o bispo diocesano o papel do sacerdote em cada paróquia tem influência direta no trabalho da instituição em cada comunidade.

D.António de Sousa Braga aproveitou, ainda, a oportunidade para na presença de D. João Lavrador que esteve no inicio dos trabalhos do Conselho Geral da Cáritas, reunião máxima da organização católica que congrega os representantes de todas as Cáritas de ilha, para elogiar a experiência do bispo coadjutor nas Dioceses de Coimbra e Porto e ressalvou a sua ligação à Caritas no âmbito nacional. O bispo da diocese açoriana passou o testemunho ao bispo coadjutor que acabou por liderar, depois, os trabalhos até ao final da noite.

D.João Lavrador garantiu que a sua prioridade é cimentar um todo diocesano: “a igreja só está toda com todos os ingredientes da diocese”, e que nos Açores essa necessidade “é ainda maior”.

O prelado afirma ter ficado surpreendido pelo nível de organização que encontrou na Cáritas dos Açores e garante que a relação entre a diocese e o organismo manter-se-á idêntica.

Outra ideia com a qual começou a sua intervenção foi a de que a caridade, antes de ser de “caráter operativo”, tem de ser de ”caráter teológico”.

Anabela Borba, presidente da Cáritas Diocesana nos Açores, afirmou por seu lado que  por vezes é difícil explicar que “o nosso trabalho vem de Deus” pois para “as nossas utentes o desespero com que nos procuram e a urgência de resolver das suas necessidades básicas é tão grande que foge  o tempo para lhes explicarmos um amor maior”.

Já no período das partilhas, aberta a discussão, os representantes da Cáritas de todas as ilhas deixaram uma queixa unânime: os utentes procuram a organização como procuram os serviços de ação social e excluem o caráter cristão de partilha,  que é bandeira da instituição.

Os trabalhos do Conselho Geral da Cáritas dos Açores prosseguem este sábado com a participação de convidados, entre eles a Secretária Regional da Solidariedade Social, Andreia Cardoso e dirigentes nacionais.

 

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