“Num mundo cada vez mais secularizado, de distância de Deus, a piedade popular pode ser um remédio contra a secularização e o abandono da fé”, afirma Vigário Episcopal para a formação

Padre Jorge Ferreira é o convidado desta semana do programa de Rádio Igreja Açores

A piedade popular é um caminho que deve ser aproveitado para uma nova evangelização,  para revitalizar as comunidades cristãs e pode ser mesmo o antídoto contra o crescente abandono de Deus que se vive atualmente, afirma o Vigário Episcopal para a Formação, padre Jorge Ferreira.

O sacerdote que regressou à diocese em outubro passado depois de 8 anos de ausência, a estudar em Roma Liturgia no Pontifício Colégio de Santo Anselmo, vai promover no próximo dia 4 de maio uma sessão formativa para os sacerdotes diocesanos na plataforma digital sobre a Piedade Popular.

“A pandemia afastou as pessoas da Igreja,  as pessoas participam menos, muitas delas porque têm medo e a piedade popular, porque não precisa da mediação da Igreja, sendo uma expressão da fé insculturada deve ser uma oportunidade para a expressão do evangelho” refere na entrevista que vai para o ar este domingo, depois do meio-dia, no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

“Falamos das Romarias  quaresmais, das festas do Divino Espirito Santo… Se isto ainda diz alguma coisa às pessoas, tudo isto pode ajudar à aproximação e a Igreja tem de estar ciente disto procurando levar a estas manifestações a força do Evangelho”, afirma.

Por isso, este é o momento favorável para analisar estas questões.

“A pandemia obrigou a uma pausa e esta pausa pode ajudar a purificar” salienta exemplificando: “podemos rever certos exageros que se cometeram, .purificar certas motivações de fé. É altura de repensarmos como dar a volta a uma crise que já existia e que se acentuou em muitos aspetos”, refere.

O Vigário Episcopal, que leva 16 anos de sacerdócio, é o atual Prefeito de Estudos do Seminário Episcopal de Angra e defende que se aposte na formação, de sacerdotes e leigos. Reconhece que não é fácil , desde logo pela descontinuidade geográfica, mas considera que “com boa vontade e capacitação da necessidade de formação” conseguir-se-á dar passos nesse sentido. Os olhos já estão postos na juventude, em nome da renovação de mentalidades.

A entrevista vai para o ar este domingo, a partir do meio dia, no rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores. Poderá ser ouvida também aqui, no Sítio Igreja Açores.

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