Ouvidoria da ilha Terceira preocupada com fraca participação dos jovens na vida da igreja

Reunião de final de ano pastoral realizou-se hoje em Angra

Os sacerdotes da ilha Terceira estão preocupados com a falta de participação dos jovens na vida da igreja local. Em causa está a discrepância entre os níveis de participação dos jovens em momentos determinados da vida da igreja e depois a falta de compromisso para prosseguir um trabalho mais regular.

20 dos 43 sacerdotes, incluindo religiosos, a exercer o seu ministério na ilha, reuniram-se esta tarde em Angra para fazer uma avaliação do ano pastoral. É a terceira reunião regular que o clero da ilha mantém, depois das reuniões de setembro e da Páscoa.

“Preocupa-nos o facto de conseguirmos mobilizar os jovens nalguns momentos mas depois não os encontramos no dia a dia da igreja e isso não é bom” referiu o ouvidor ao Igreja Açores, Cónego António Henrique Pereira. Aliás a falta de compromisso dos católicos terceirenses foi um dos assuntos debatidos da reunião, tendo por base o diagnóstico feito pelo bispo de Angra depois da visita pastoral à ilha, que decorreu durante este ano.

“Uma ilha que tem cerca de 50 mil pessoas que se dizem católicas, na sua maioria, e que depois regista uma prática religiosa dominical de cerca de 10%- 5 mil pessoas- deve deixar-nos a todos perplexos” acrescenta o sacerdote sublinhando a “urgência” de evangelização da cultura atual.

A questão dos jovens é vista, por isso, como uma prioridade até “em vista à realização do sínodo em 2018”, precisou.

No entanto apesar da “apreensão” não foram avançadas medidas concretas.

Para o próximo ano pastoral as questões sociais vão continuar a ser uma prioridade. Foi mesmo entregue aos ouvidores adjuntos das cinco zonas pastorais de Angra um plano de formação do programa + Próximo, da Cáritas diocesana, de forma a poder-se aprofundar a formação dos agentes de pastoral.

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