“Primeiro é sempre a família” diz diácono em formação

Francisco Machado está no Seminário e cumpre um `chamamento´ de há muitos anos

Francisco Machado tem 36 anos, é bombeiro da base das Lajes, casado e tem dois filhos. Entrou este ano para o Seminário onde cumpre o primeiro de três anos de formação, com vista à ordenação de diácono permanente, o terceiro grau do sacramento da Ordem.

Integrado na turma de segundo ano, onde estão mais cinco seminaristas, Francisco  tem procurado servir a Igreja como pode, desde a pastoral juvenil ao Conselho Pastoral da sua ouvidoria, a Praia da Vitória, mas “faltava qualquer coisa”.

“Há muito tempo que sentia o apelo do Seminário mas entretanto casei e tive filhos. Agora chegou a hora. Não é um caminho solitário e, sobretudo, é tudo muito natural; estava na hora” refere numa entrevista ao programa de rádio Igreja Açores que vai para o ar este domingo no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

“Valeu a pena esperar porque agora tudo se conjuga” refere.

Francisco Machado é o primeiro candidato ao diaconado permanente depois das orientações da Conferência Episcopal no sentido de se incentivar nas dioceses a ordenação de diáconos permanentes.

“Se houvessse mais candidatos, e eu gostaria que sim, talvez no Seminário se conseguisse fazer uma turma com um horário mais adequado aos candidatos que podem estar a trabalhar e têm as famílias” refere na entrevista.

“Quando me decidi a ir para o Seminário, houve um padre que me disse que a família estava sempre primeiro. Primeiro é sempre a família; o resto tem que se talhar em função da família. O importante é perceber onde é que cabe tudo” refere.

“O trabalho é muito e tudo o que temos a fazer para dar apoio à igreja é de uma importância enorme. Estes anos depois consegui perceber que foi bom esperar”, referiu ainda.

“A situação que leva a isso tudo é o amor a Cristo: se amam a Cristo acima de tudo e se o partilham com alguém, que conversem e que pensem. É um caminho interessante a seguir e eleva-nos, mas sempre na família. O serviço é dos dois; a vida de diácono não pode por em causa a vida pessoal e familiar” esclareceu reiteradamente.

A entrevista de Francisco Machado pode ser ouvida na integra aqui no Sítio Igreja Açores depois do meio dia deste domingo.

 

 

Scroll to Top