Procuro fazer como Nossa Senhora e guardar tudo no coração, diz Helena Cardoso Dias

Por Igreja Açores

Geógrafa de profissão, Helena tem 4 filhos- três rapazes e duma rapariga-,  garante que hoje ser mãe não é diferente de outros tempos; há apenas novos ritmos e novos desafios próprios de cada tempo, mas a vivência da maternidade “é a mesma. É mãe de uma família numerosa e ser mãe sempre fez parte do seu projecto de vida. “Desde os tempos da Universidade” lembra reavivando a pergunta da professora que perguntou à turma de 50 alunos quem queria ter muitos filhos.

“Desde essa altura que sabia que queria ter muitos filhos” diz Helena Cardoso Dias reconhecendo “que nem sempre a gestão é fácil” mas “é de uma riqueza” insubstituível.

“É uma riqueza muito grande esta diversidade; o colo é o mesmo e cabem todos mas cada um precisa do colo em momentos diferentes e formas diferentes. É uma riqueza e um desafio; há dias em que nos sentimos incapazes e eu só encontro a paz quando coloco nas mãos do Senhor” avança numa entrevista ao programa de rádio Igreja Açores que vai para o ar este domingo no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores, depois do meio-dia.

“Deus põe-nos tantas coisas à disposição” refere destacando que tal como Nossa Senhora, que guardava tudo no coração, também ela guarda “essas vivências”.

“Vemos os nosso filhos a fazer bem, vemo-los a bater com a cabeça, queríamos viver o caminho deles, mas temos de os deixar fazer o caminho e guardamos no coração todos esses momentos”, refere.

Sobre o papel da mãe na família hoje, adianta que a realidade da mulher é diferente e isso reflete-se na forma como se posiciona na família. Mas “no essencial a vivência é a mesma: acompanhamos, estamos atentas, educamos”, numa palavra, procuramos “estar sempre lá”, assegura.

Por isso, ao aproximar-se a data da saída de casa do primeiro filho, rejeita a ideia do `ninho vazio´ como um lugar de sofrimento.

“Quando chegar a altura se calhar vou andar meio tristonha mas hoje encaro essa etapa com muita alegria porque sair significa concretizar os sonhos e qualquer mãe fica contente por isso”, refere.

“Não é uma questão do ninho vazio mas de um ninho que estará sempre disponível para eles”.

Nesta entrevista fala ainda da conciliação do trabalho, do papel do marido no equilibro da relação familiar e ainda da guerra na Ucrânia e da corgem das mães que saem de casa para salvar os filhos.

O programa Rádio Igreja Açores vai para o ar este domingo depois das 12h00 no Rádio Clube de Angra e da Antena 1 Açores.

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