Professores açorianos de Educação Moral Católica concluem formação que lhes confere habilitação própria para lecionarem a cadeira

Profissionalização e acesso aos quadros regionais é o passo seguinte

No início do próximo ano letivo 18 professores dos que atualmente lecionam a disciplina de Educação Moral Católica na diocese de Angra., e que possuíam licenciatura em outras áreas do saber, já vão estar habilitados legalmente para leccionar esta disciplina optativa mas que requere habilitação própria. Embora ainda tenham de se inscrever no mestrado para requerem a profissionalização e assim reunirem as condições para pedir a  agregação aos quadros das escolas açorianas, no final deste ano letivo já terão habilitação própria para dar esta disciplina depois de completarem no final de julho os 120 créditos de formação em Ciências religiosas na Universidade Católica Portuguesa.

“É uma grande felicidade este momento porque dentro de dois anos todos os professores de Educação Moral Católica das escolas do arquipélago vão poder candidatar-se aos quadros da região e isso é muito positivo” pois os “professores estão empenhados em melhorar a sua formação” disse ao Igreja Açores Bento Aguiar, o delegado do Serviço Diocesano da Pastoral Escolar na ilha de São Miguel e coordenador regional dos professores de Educação Moral católica.

“Foi imprescindível o apoio nacional que tivemos mas sobretudo o empenho  dos colegas e os contributos efetivos quer do Instituto Católico de Cultura quer do Santuário do Senhor Santo Cristo para que este período formativo fosse concluído com êxito” esclareceu Bento Aguiar sublinhando que no próximo ano letivo todos os professores que até agora tinham habilitação suficiente vão passar a ter habilitação própria reunindo todos os requisitos legais para leccionar esta cadeira que conta nos Açores com mais de 13 mil alunos.

“Os nossos alunos frequentam esmagadoramente o segundo e terceiro ciclos; no primeiro ciclo ainda há 4 ou 5 escolas que não têm a disciplina e no ensino secundária o número de matrículas é residual”, esclarece o professor.

“É um desafio para nós tal como está a ser também o ensino profissional”, acrescenta. Há dois anos que este ensino está a oferecer também formação moral católica nos seus planos curriculares mas, para já, a adesão dos alunos “não tem sido muito grande”, refere.

“Nós dependemos muito da opção consciente dos encarregados de educação e dos próprios alunos na escolha desta disciplina opcional na hora da matrícula, por isso não sabemos o que é o dia de amanhã. Para já o que queremos é continuar a estudar as melhores formas de promovermos e desafiarmos os alunos a inscreverem-se nesta disciplina”, conclui.

Este ano letivo, com a pandemia a impedir aulas presenciais no final do segundo e em todo o terceiro trimestres, para os ciclos onde há mais alunos inscritos, “foi difícil mas pensamos que correu muito bem”.

“Estivemos presentes, acompanhámos os alunos à distância, criámos aulas virtuais e estivemos sempre em contacto com os alunos ; por isso só posso estar grato a todos pelo empenho e pela dedicação”, refere Bento Aguiar.

“O balanço que fazemos é que nos Açores, nas oito ilhas onde existe a oferta todos os professores mantiveram um contacto muito próximo com os alunos em todos os níveis de ensino” enfatizou.

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