Professores açorianos de EMRC preparam ano letivo com programa e manuais novos

Projeto contempla todos os alunos, do básico ao secundário com aposta centrada no primeiro ciclo

Mais de 100 professores da disciplina de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) que lecionam em todas as escolas da Região à exceção do Corvo, vão começar o novo ano letivo de 2015/2016 com novo programa e novos manuais.

Esta sexta feira a equipa da delegação de São Miguel do Serviço Diocesano para a Pastoral Escolar esteve reunida para fazer o balanço do ano letivo que está a terminar e, simultaneamente, projetar o próximo ano letivo que arrancará com uma ação de formação de 1 a 4 de setembro, na Escola Básica e Secundária do Nordeste, inserida na dinâmica do novo programa e manuais.

Os novos manuais de EMRC foram apresentados no Fórum da disciplina que decorreu em Fátima no inicio de maio e têm o objetivo de ser “um instrumento de aprendizagem e de educação” e de “ligação escola- família”, “envolvendo pais e filhos de uma forma mais concreta e estreita”, disse ao Sítio Igreja Açores Bento Aguiar, delegado do Serviço Diocesano da Pastoral Escolar em São Miguel, que juntamente com o diácono António Rocha, será o responsável pela ação de formação dos professores de EMRC.

De resto, os manuais refletem uma mudança, sobretudo, ao nível do que são os conteúdos do primeiro ciclo “que tem sido a nossa grande aposta nos Açores” e também no secundário, mostrando e partindo daquilo que “ é hoje a criança e o adolescente no mundo” , sublinhou Bento Aguiar, que leciona a disciplina na Escola Secundária Antero de Quental em Ponta Delgada.

Quer o programa, que já foi homologado pelo Ministério da Educação quer os manuais orientam-se segundo “metas educativas e não objetivos” como antes e são “mais práticos”, permitindo que “as crianças e os jovens se sintam cada vez melhor nesta disciplina”.

O Serviço Diocesano para a Pastoral Escolar tem em marcha uma espécie de campanha para as matrículas do próximo ano letivo, e para já, a primeira preocupação é manter o nível de “procura e de interesse” por esta disciplina sobretudo em São Miguel e na ilha Terceira onde existem mais alunos e mais professores, até em virtude de serem as ilhas com mais habitantes.

O maior problema no arranque do próximo ano letivo continua a ser a questão da profissionalização de “um número significativo de docentes”.

“Ainda temos um número considerável de docentes que não são profissionalizados, que têm disponibilidade para o fazer porque são licenciados mas não conseguiram os créditos suficientes para terem habilitação própria e isso afeta-os na sua estabilidade profissional, quer ao nível da efetivação quer ao nível remuneratório”, acrescentou ainda Bento Aguiar.

A próxima ação de formação, agendada para setembro está acreditada para professores de EMRC, durará 25 horas e constituirá uma unidade de crédito pois será ministrada por dois formadores numa escola certificada, assegura Bento Aguiar. Esta ação é aberta a todos os docentes de EMRC da região, mas “é natural que conte com a presença maioritária” de professores de São Miguel, ao todo 34.

Até ao final do ano letivo o responsável diocesano por este serviço, Cónego Adriano Borges, deverá visitar novamente todas as escolas das ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Pico onde manterá reuniões de avaliação com os presidentes dos conselhos executivos das escolas.

“Fazemos sempre isto porque queremos ver qual é o grau de satisfação dos alunos face ao desempenho dos nossos docentes pois para nós o acolhimento e o ensino de valores é fundamental”, disse ao Sítio Igreja Açores o sacerdote, para quem a disciplina de EMRC deve desenvolver na escola uma pedagogia “ de acolhimento”.

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