Trabalhadores Cristãos alertam para mundo cheio de “más notícias” para os pobres

Salários baixos e precariedade são as fragilidades mais denunciadas

O Movimento de Trabalhadores Cristãos alerta que o mundo “está cheio de más notícias, sobretudo para os mais pobres”, face a problemas como salários baixos, precariedade no trabalho ou “longos e desregulados horários de trabalho”.

Na sua mensagem de Natal, agora divulgada, a Liga Operária Católica/Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) alude ainda aos “acidentes de trabalho, más condições de trabalho e de habitação, carestia de vida, junto com a pandemia e a guerra e todas as suas consequências”, que agravam as condições de vida.

“O Natal que hoje vivemos requer um olhar para a realidade de vida, especialmente focado nos que sofrem, vítimas de abandono da sociedade, os que pouco contam”, sublinha a LOC/MTC, alertando que “os trabalhadores de profissões pouco especializadas, desempregados ou que apenas conseguem algum tempo de trabalho, ora têm trabalho, ora não têm, vivem em bairros pobres e não conseguem sair desta situação que se perpetua”.

Na mensagem, são também recordados os “muitos trabalhadores desprotegidos de seus direitos laborais básicos, sem contrato de trabalho, migrantes a trabalhar na economia paralela ou em situações degradantes e formas de exploração inconcebíveis”.

“Por muito que se fale dos problemas da sociedade, dos pobres, há poucas mudanças de fundo, continua a haver empobrecimento dos excluídos, dos mais pobres, com menos capacidade produtiva”, acrescenta o documento.

É ainda feito um apelo aos cristãos, para estarem “atentos” e viverem “por dentro o quotidiano da vida dos mais pobres”.

“As situações resultantes da pandemia e da guerra que temos vivido ajudam-nos a compreender o valor da solidariedade e da fraternidade, a superar o vírus do individualismo, da indiferença e redescobrir o sentido da humanidade e do cuidado. Estes valores dão forma às lutas contra a injustiça, a morte e a divisão”, considera o organismo coordenado por Américo Monteiro.

(Com Lusa)

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