Vaticano: Papa reforça desafio de “acolher todos” na Igreja, mostrando imagem de “Deus-amor”

O Papa renovou hoje, no Vaticano, o seu apelo às comunidades católicas para que sejam “abertas” e capazes de acolher “todos”, mostrando a imagem de “Deus-amor”.

 

“Testemunhamos Deus-amor? Ou esse Deus-amor tornou-se, entretanto, um conceito, algo já conhecido, que não estimula e não provoca a vida? Se Deus é amor, as nossas comunidades testemunham-no? Sabem amar?”, questionou, desde a janela do apartamento pontifício.

Perante milhares de peregrinos reunidos para a recitação do ângelus, Francisco destacou a importância de “manter a porta sempre aberta”, na Igreja.

“Sabemos acolher todos, sublinho, todos, como irmãos e irmãs? Oferecemos a todos o alimento do perdão de Deus e o vinho da alegria evangélica? Respira-se uma atmosfera doméstica ou parecemos mais um escritório ou um lugar reservado onde entram somente os eleitos?”, perguntou aos presentes.

Numa reflexão sobre a solenidade da Santíssima Trindade, que se celebra este domingo, o Papa destacou que a humanidade de Jesus fala do “amor imenso” de Deus por cada pessoa e convida a olhar para Ele como “uma família reunida à mesa, onde se partilha a vida.

“É uma imagem que nos fala de um Deus comunhão, mas não é somente uma imagem, é uma realidade”, acrescentou.

Francisco declarou que o Espírito Santo introduz “no mistério do novo nascimento, o nascimento da fé, da vida cristã, revela o coração do Pai e faz participar na própria vida de Deus”.

O Papa convidou os peregrinos a fazer o sinal da cruz, para evocar Deus como “comunhão de amor”.

Traçando a cruz sobre o nosso corpo, recordamos quanto Deus nos amou, a ponto de dar a vida por nós, e repetimos a nós mesmos que o seu amor nos envolve completamente, de cima a baixo, da esquerda à direita, como um abraço que nunca nos abandona”.

Na solenidade da Santíssima Trindade, Francisco rezou para que Maria ajude todos a “viver a Igreja como a casa em que se ama, de modo familiar, para glória de Deus Pai e Filho e Espírito Santo”.

Já após a recitação do ângelus, o Papa evocou as populações que são vítimas da guerra, “especialmente a querida e martirizada Ucrânia”.

A intervenção recordou ainda o acidente ferroviário no leste da Índia, na última sexta-feira, que provocou pelo menos 292 mortes e quase mil feridos.

“Estou próximo dos feridos e dos familiares”, disse Francisco, rezando pelos defuntos.

 

(Com Ecclesia)

Scroll to Top