Visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima “poderia ser o arranque de um novo sínodo diocesano”

A ideia é defendida pelo Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição

A visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima à diocese poderia ser aproveitada para iniciar o processo de abertura de um novo sínodo diocesano nos Açores, defende o Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Conceição em declarações ao Sítio Igreja Açores a propósito da vivência do Ano Santo da Misericórdia neste Santuário de Angra do Heroísmo.

“A visita da Imagem peregrina é um grande momento de vivência da religiosidade popular; que é experienciado à luz da fé de um povo e por isso, até pela mobilização que envolve e que é grande, deve ser aproveitada para se começar a preparar um sínodo uma vez que faz uma espécie de consórcio entre a liturgia e essa religiosidade popular”, diz o Cónego Francisco Dolores.

A visita da Imagem Peregrina de Nossa Senhora de Fátima a este santuário, um dos dois santuários marianos da diocese de Angra, realiza-se a 25 de fevereiro e envolverá todas as paróquias da periferia de Angra, da zona leste, desde Porto Judeu até à Conceição bem como dos movimentos com `pendor´ mariano, como a Mensagem de Fátima à Confraria de Nossa Senhora da Conceição.

“Apesar da progressiva laicização da sociedade a que temos vindo a assistir, sobretudo em Angra, acredito que este será um momento de grande vivência e envolvimento de todas as pessoas, ainda mais atendendo ao facto de estarmos a viver o Ano Santo da Misericórdia”, acrescenta o sacerdote.

O Santuário de Nossa Senhora da Conceição é um dos cinco santuários diocesanos e por isso é igreja jubilar até novembro de 2016.

“Viveremos este ano sempre centrados na misericórdia e toda a nossa agenda será centrada nessa temática inclusive as festas de Nossa Senhora da Conceição”, precisou.

A nível religioso, “são momentos de busca em que as pessoas procuram obter respostas para os problemas particulares” fora “de um contexto mais hierarquizado e elitista” que por vezes “a igreja cria embora tente criar a ideia de que há uma verdadeira inclusão”, refere o Cónego Francisco Dolores.

Por isso “espero, sinceramente, que se aproveite este momento- a visita da imagem peregrina, por um lado e o ano santo, por outro- para atender as pessoas, acolhe-las sem as julgar ou questionar fazendo da igreja um espaço de afirmação do povo de Deus independentemente das suas circunstâncias particulares e especiais”, sublinhou o sacerdote.

O Ano Santo da Misericórdia vai ser celebrado, com várias iniciativas , tendo sempre presente “um atendimento próximo às pessoas”.

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