Romeiros de São Miguel em Roma

Audiência com o Papa Francisco tem lugar esta quarta feira, no Vaticano Dois dirigentes do Grupo Coordenador do Movimento de Romeiros de São Miguel participam esta quarta-feira, na audiência semanal do Papa, na Praça de São Pedro, em Roma, estando prevista a entrega ”em mão” de um “ramalhete espiritual” ao Santo Padre bem como um terço.

O “ramalhete espiritual” contém o número de orações feitas em intenção do Papa Francisco pelos 2452 romeiros que saíram na última Quaresma, a quem o Bispo de Angra pediu especificamente para rezarem em intenção do papa. Os dois representantes do MRSM, João Carlos Leite e Ildeberto Piques,  já se encontram em Roma desde o inicio da noite de terça feira “naturalmente honrados por esta oportunidade”.

“Todos os dias da Quaresma, a todas as horas do dia, havia pelo menos um grupo de romeiros que rezou “ pelo Papa Francisco, diz o Movimento,  lembrando que “é difícil dizer de uma forma precisa quantas avé marias e súplicas à virgem foram rezadas ou quantos terços foram cantados, quer durante a caminhada quer durante a Eucaristia diária”.

No “ramalhete espiritual” que vão entregar, os romeiros fazem uma descrição das romarias, integram-nas no contexto social, cultural e religioso da ilha de São Miguel e explicam este carisma penitencial da quaresma.

Para o Bispo de Angra, que cada ano, entrega aos romeiros um esquema de oração universal pelas grandes intenções da Igreja, nunca faltando uma oração especial pelas intenções do Romano Pontífice, esta “peregrinação a Roma, é uma expressão significativa de comunhão eclesial com o Bispo de Roma, que preside na caridade a todas as Igrejas espalhadas pelo mundo”.

Numa nota enviada ao Sitio Igreja Açores, D. António de Sousa Braga diz que  “Romaria lembra Roma” e, “quando deixou de ser possível peregrinar à Terra Santa, os cristãos começaram a peregrinar a Roma, Cabeça da Cristandade. Por isso, uma tal peregrinação passou a chamar-se romaria”.

“A ida dos nossos Romeiros a Roma é, pois, um regresso às origens”, sublinha o prelado diocesano, lembrando que “nós somos como as árvores: vivemos das raízes. É, pois, um momento de graça, este regresso às origens”.

Na nota a que o Sítio Igreja Açores teve acesso, o Bispo de Angra faz votos para que esta “Romaria dos nossos Romeiros a Roma seja fonte de bênçãos para todos os Ranchos de Romeiros, suas famílias e comunidades e bem assim para toda a Igreja”. Para o coordenador do Movimento, João Carlos leite, que já se encontra em  Roma com outro elemento da direção, Ildeberto Piques, trata-se de uma oportunidade para “entregar ao Santo Padre aquilo que damos diariamente a quem nos procura durante as romarias: as nossas orações”.

“Ele não precisa disso mas este gesto do papa Francisco dá-nos um alento para insistirmos na ideia de que os romeiros não são apenas cristãos por uma semana; somos antes um povo aberto, ligado à igreja e sempre fieis ao evangelho”.

“Nós queremos ser cristãos responsáveis, autênticos e completos” sublinha João Carlos Leite.

Já o Pe Nuno Maiato, assistente espiritual do Movimento, diz que foi com uma “enorme alegria” que recebeu esta noticia que “deverá ser vista como uma alavanca para que os romeiros tenham consciência do que de mais importante acontece.”

Ainda assim, sublinha o sacerdote, “isso não é o mais importante”; o mais importante “de fato é Jesus” e a “oração que fazemos durante a Quaresma e durante todo o ano”.

“O Papa não precisa que rezemos por ele pois é ele que reza por nós. Tal como Jesus; nós éque precisamos de rezar para irmos ao seu encontro”, sublinha o sacerdote da Lagoa que entende que esta oração “apenas aumenta a comunhã com a Igreja”.

As Romarias quaresmais deste ano trouxeram às estradas de São miguel mais de 2452 homens provenientes de toda a ilha e também da diáspor,  num total de 56 ranchos.

Durante o ano pastoral 2014/2015, os Romeiros têm um ambicioso programa de “formação e aprofundamento espiritual”  que será desenvolvido a partir de um plano de atividades intenso que já mereceu no mês passado uma primeira formação sobre o papel dos “procuradores das almas”, os elementos do rancho que vão no fim da fila e estabelecem o contato com as comunidades por onde vão passando recolhendo as preces, suplicas e orações de ação de graça do publico em geral.

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