Assistente diocesano do CPM pede “criatividade e compromisso” no acompanhamento da formação de jovens casais

Pe. Vitor Medeiros participa na 29ª edição das Jornadas da Família em Fátima

O grande desafio pastoral que a igreja tem pela frente é a “adequação da linguagem e atitude” em relação à formação de novas famílias, adianta o assistente diocesano do Curso de Preparação para o Matrimónio (CPM), Pe. Vitor Medeiros.

O sacerdote participa em Fátima na 29ª edição das Jornadas Pastorais da Família, que terminam este domingo, e refere que é necessário “rever a forma como a igreja acompanha os jovens casais” e para isso será necessária Uma “grande dose de criatividade” dos casais que formam as equipas do COM e também dos párocos.

“Temos de ser capazes de lhes dar um verdadeiro testemunho não tanto em termos de doutrina mas na simplicidade da alegria de viver em casal de acordo com os nossos princípios cristãos” refere o sacerdote.

“A doutrina é importante mas o testemunho que cada casal faz é também muito importante porque é a partir desse testemunho que os novos casais se inspiram”, acrescenta o Pe. Vitor Medeiros.

“A linguagem dos documentos do movimento já está a ser revista; o tipo de textos que vai ser aprovado é mais profundo e exigente e os casais têm de ser capazes de acompanhar as novas realidades” refere o sacerdote que há muito que vem a desenvolver trabalho na pastoral familiar.

O sacerdote lembra que o Papa Francisco desafia permanentemente a Igreja a acolher e, no caso do CPM, esse acolhimento tem de ser diferente e as próprias paróquias têm de “rever os seus esquemas”, acrescentou.

Para o também novo ouvidor da Ribeira Grande, o desafio passa “por essa capacidade de ser criativo e acolhedor para servir de testemunho aos jovens casais que têm de sentir quem os orienta num momento especifico como pessoas disponíveis para os acompanhar depois” salienta, por outro lado, o sacerdote lembrando que a continuidade destes casais deve ser garantida, sobretudo “numa vivência segundo os valores cristãos”.

“Podem até nem participar nos movimentos mas se forem à missa no domingo e tiverem participação comunitária levando aos seus ambientes a sua forma de serem cristãos já é um bom principio”, concluiu, ressalvando ainda que a dispersão geográfica e a baixa densidade populacional das 9 ilhas prejudica a formação de equipas deixando nas mãos dos sacerdotes esta capacidade mobilizadora dos casais jovens.

O Departamento Nacional da Pastoral Familiar promove estas jornadas nacionais, com o tema ‘O Evangelho da Família, alegria para o mundo’, no centro Paulo VI até amanhã.

Esta edição das jornadas nacionais tem em mente a preparação para o IX Encontro Mundial das Famílias, que se realizará em Dublin, entre 22 e 25 de agosto de 2018.

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