Atitude “meditativa e missionária” de Maria é o caminho para ultrapassar a “orfandade espiritual”, diz Cónego Ricardo Henriques

Diretor diocesano das comunicações sociais preside à missa de ano novo na Sé em substituição do Bispo de Angra

O Cónego Ricardo Henriques presidiu esta manhã à primeira missa do ano na Catedral da diocese de Angra e apelou aos cristãos que em 2017 se inspirem em Maria e adotem uma atitude “meditativa e missionária” que evite a passagem “por uma orfandade espiritual”.

“A Santíssima Virgem tem uma atitude meditativa para com o que se estava a passar com o filho e os pastores uma atitude missionária.  São duas características e atitudes que nós devemos ter todos os dias: meditar no que fazemos e anunciar o Senhor Jesus porque a fé não é individual e tem de ser proclamada junto dos outros”, disse o sacerdote no dia em que a Igreja celebra a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus.

“O medo, por vezes, encolhe-nos e faz-nos ter receio de dizermos em quem acreditamos e isso faz-nos perder o sentido de pertença a uma comunidade”, precisou ainda o cónego da Sé.

Por isso, acrescenta, “este novo ano impele-nos a um olhar novo, sobre a nossa casa, os nossos filhos, a nossa família, e sobretudo a um coração novo, que comece este novo ano, a partir deste rosto materno de Maria que nos leva a refletir sobre a bondade de Deus”.

“É a forma de evitarmos a orfandade espiritual e ultrapassarmos as relações superficiais, pela rama, que mantemos e que nos conduzem a um vazio de vida e de fé”, disse ainda o Cónego Ricardo Henriques lembrando a importância de três outras atitudes: gratidão, perdão e oração.

O diretor diocesano do serviço das comunicações sociais, que é pároco in solidum da Sé de Angra, lembrou ainda outra efeméride que se assinala neste primeiro dia do ano, dia que a Igreja consagrou como o Dia mundial da Paz, que celebra o 50º aniversário, e foi instituído pelo Papa beato Paulo VI.

Recordando a mensagem do Papa Francisco para este dia a sobre a cultura “da não violência”, o sacerdote lembrou que esta se manifesta de diversas maneiras e que embora nos Açores ainda “se viva no cantinho do Céu”, os açorianos devem ser mais próximos porque a questão da guerra e da paz não se coloca só ao nível das relações diplomáticas.

“O coração humano é capaz do pior e do melhor, e mesmo no mundo ocidental precisamos de paz no coração para vivermos dentro da nossa casa, com os nossos vizinhos e nos diferentes ambientes onde nos movemos”, disse o Cónego Ricardo Henriques.

“Precisamos de paz nas nossas comunidades, no ambiente do trabalho, na família, nas relações de vizinhança” precisou destacando que “nós precisamos desta paz não só para as relações diplomáticas mas para a nossa alma”.

O Cónego Ricardo Henriques presidiu à missa de ano novo da Sé em substituição do Bispo de Angra a quem a mãe faleceu esta noite.

D. João Lavrador, que tinha regressado ontem à região depois de um brevíssimo período de férias a seguir ao Natal teve de voltar esta manhã a Coimbra para o funeral da mãe, que se realiza amanhã, dia 2, pelas 15h00 em Seixo de Mira.

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