Bispo de Angra defende ruturas assentes num novo paradigma social

Na mensagem de Ano Novo o prelado diocesano sublinha a necessidade dos cristãos adotarem um novo programa de vida

O mundo só poderá mudar e tornar-se melhor se os cristãos adoptarem como “programa de vida” todos os esforços que possam contribuir para uma mudança efetiva da vida em sociedade, assente “num novo paradigma”, diz o Bispo de Angra na mensagem de Ano Novo enviada ao Sítio Igreja Açores esta terça feira.

“Nunca como hoje, os votos de «ano novo, vida nova» fazem sentido e devem tornar-se um programa de vida. É que vivemos numa época, em que estão em gestação mudanças substanciais, que exigem como resposta, não pequenas adaptações ou ajustamentos superficiais, mas um novo paradigma de vida em sociedade” refere D. António de Sousa Braga.

O prelado diocesano recorda mesmo as palavras de Jesus, no Evangelho de Lucas- «Ninguém deita um  retalho de pano novo em vestido velho… Também ninguém deita vinho novo em odres velhos… Mas o vinho novo deve deitar-se em odres novos» – para sublinhar a novidade desta mensagem e, sobretudo, a necessidade de “fazer rupturas” em vez de “ajustamentos”.

D. António de Sousa Braga, dá como exemplo as diferentes formas de escravatura a que o homem é sujeito neste mundo.

Inspirado pelas palavras do Papa Francisco na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz , refere que todos são instados a dar o seu contributo para desencadear “todas as mudanças necessárias para um salto de qualidade na convivência humana, em que possamos considerar todos os homens já não escravos, mas irmãos”.

Para o Bispo de Angra, a escravatura “não é só um fato do passado” e “não podemos ficar indiferentes às formas modernas de escravatura, que podem também verificar-se no meio de nós, não só em relação aos de fora, mas até no nosso ambiente de trabalho ou na nossa própria casa”.

“Há violência doméstica também de carater psicológico, que pode subjugar as pessoas” e ninguém pode ficar “indiferente”, sublinha ainda o responsável pela igreja católica nos Açores.

“À `globalização da indiferença´, vamos contrapor a `globalização da solidariedade e da fraternidade´, que abrem caminho à paz e à concórdia”, salienta ainda o Bispo de Angra.

 

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