Bispo de Angra desafia jovens açorianos a serem “protagonistas da transformação” abrindo a igreja aos “sinais dos tempos”

Na Nota Pastoral para o inicio do novo ano, D. João Lavrador baliza objetivos principais da diocese

O bispo de Angra acaba de publicar a Nota Pastoral ‘Partilha… Vem e segue-me’ para o novo ano na diocese, que começa a 1 de outubro, e que tem por base a articulação entre dois grandes objetivos: “ir mais fundo” na Pastoral Social e desafiar os jovens a serem “protagonistas da transformação”.

A diocese, que acompanha a preparação do Sínodo dos Bispos sobre os Jovens, a Igreja e a Fé, considera este ano uma “oportunidade” para continuar a aposta na pastoral social para que todos os diocesanos “tenham uma vida digna” e conta+ para isso com um “maior compromisso” dos jovens, a quem reconhece potencial para operar uma “renovação da igreja, da cultura e da sociedade”.

“A eles compete abrir-nos aos sinais dos tempos que nos são oferecidos pela cultura e pela presença do Espirito Renovador na nossa sociedade” diz o prelado.

“Procuraremos articular estes dois objectivos de modo a que os jovens tenham um protagonismo maior nas comunidades cristãs, que estas se abram mais à participação dos jovens e que estes se tornem agentes de transformação da nossa sociedade e da nossa cultura de modo a torná-las mais justas e dignas da pessoa humana”, refere o bispo de Angra que nos dias 11, 12 e 14 de setembro vai reunir-se com o clero de todas as ilhas, em três reuniões agendadas para Angra do Heroísmo, Ponta Delgada e Horta, respetivamente.

Na Nota Pastoral, D. João Lavrador sublinha a importância da Juventude neste ano pastoral sem deixar de fora toda a comunidade diocesana insular, incluindo sacerdotes e agentes de pastoral, com uma atenção especial às famílias.

Para uns e para outros deixa os vários `cadernos de encargos` para que este ano pastoral seja efetivamente uma oportunidade “de participação e renovação para toda a Igreja diocesana”.

Aos jovens pede que se “entusiasmem” com vista a serem agentes de uma verdadeira “transformação social” que inverta “a condição das novas gerações: de perdedores que pedem protecção contra os riscos da mudança, para protagonistas da transformação, capazes de criar novas oportunidades”.

“Caros jovens, contamos convosco para a renovação da Igreja, da cultura e da sociedade” diz exortando todos os jovens diocesanos “a descobrirem a Jesus de Nazaré, a alegria do Seu chamamento e o encanto da Sua missão”.

“Exorto-os a fazerem uma verdadeira experiência cristã, discípulos de Jesus Cristo, no seio da comunidade cristã concreta onde vivem, a partilharem dos seus dons e capacidades para a renovação das nossas paróquias”, afirma.

“Desafio os jovens a fazerem ouvir o seu grito, deixando-o ressoar nas comunidades e fazendo-o chegar aos Pastores”, precisa.

Além do desafio aos jovens, que na sua fé se manifestam “desejosos de novidade e cheios de esperança”, o prelado convida igualmente “cada comunidade cristã e os seus órgãos de participação e corresponsabilidade a abrirem-se à integração, à actuação e à renovação dos jovens”.

“À comunidade cristã, espaço de experiência viva da fé em Jesus Cristo, compete oferecer a fidelidade permanente à verdade do Evangelho na qual os jovens devem aprender a integrar a novidade que oferecem pela sua jovialidade, competência e esperança no futuro”, diz o bispo de Angra.

Aos sacerdotes pede-lhes que saibam “escutar, integrar e deixar espaço de participação aos jovens”.

As orientacoes-diocesanas de pastoral vão ser apresentadas ao clero e aos agentes pastorais pelo próprio prelado. Publicadas no Portal da Diocese de Angra elas apontam para uma continuidade da ação pastoral da igreja açoriana, centrada essencialmente nas questões sociais, nomeadamente, na pobreza e exclusão, em particular dos jovens.

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