Turbilhão de preocupações e estupefacções

Por Renato Moura

O verão está no fim. Neste Setembro a maioria retoma a actividade, mas basta um pouco de atenção para sentir que não faltam motivos para muita preocupação.

As atitudes do louco líder da Correia do Norte e a subida de tom do Presidente dos Estados Unidos, constituem motivo de forte apreensão, sobretudo por serem parcos os sinais e aparentemente pouco eficazes, do papel de outras potências.

Intensifica-se a guerrilha entre instituições políticas: o Governo embandeira demasiado com os sucessos, alguns dos quais não lhe pertencem no todo; os partidos da extrema esquerda aproveitam-se da sua importância no actual contexto e exorbitam nas exigências; os demais habitualmente não apresentam propostas alternativas e consistentes, que justifiquem as críticas ferozes que lançam sem cessar, parecendo revelar apenas despeito pela perda do poder.

Cavaco volta à política da pior forma, seja na postura de antigo Presidente, ou mesmo que fosse numa de militância no PSD, estragando as observações com o tom brejeiro. A juventude social-democrata não se deveria formar assim!

Os furacões matam, arrasam e ameaçam destruir tudo, sabe-se lá onde, quando e como. Será que não dá para perceber que a ganância humana estragou os equilíbrios da natureza e nem a consciência do mal feito inverte a postura?

Um ente querido pode desaparecer dum casamento e vai lá saber-se se levado por um dos convidados, seja ele pedófilo ou não; como os nossos familiares ou amigos podem ser mortos à bomba ou esfaqueados, estejam a trabalhar ou a festejar!

No futebol internacional correm milhões na compra de jogadores. Se é arrepiante falar na “venda” de homens, será compreensível, numa Europa em crise e quando se apregoa o fair play financeiro, que um clube empenhe mais de quatro centenas de milhões de euros para poder contar com dois futebolistas? No plano nacional é deprimente o nível de enredos que ensombram o futebol, com dirigentes sem tento na língua, nem consciência do ridículo, envoltos em punições de órgãos que deveriam ser respeitáveis e respeitados.

Nos debates radiofónicos, há quem a entrevistar procure ser o protagonista; e da pior forma!

Insensível ao que vai do mundo à ilha, um deputado ainda eleito, ex-autarca, em vésperas de eleições, coloca numa rede social, ao nível de primeira preocupação, que não pode dormir por conta de um grilo que lhe assaltou a casa! Apelando às ajudas, que não se fizeram esperar, já foi anunciado que o bicho pereceu. Ficou sem pio e logo sem função, ao invés do que detém funções… mas não pia.

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