Bispo de Angra diz que a força da ressurreição é a esperança num futuro melhor

Homília de D. António Sousa Braga transmitida para a Diáspora.

Só uma verdadeira Páscoa pode mudar o mundo e o desprezo pelos mais fracos, disse este domingo de Páscoa o Bispo de Angra durante a eucaristia a que presidiu na Sé de Angra e que foi transmitida em direto pela RTP Internacional.

“Num mundo em crise, tenhamos a coragem da esperança, lançando à terra sementes de justiça com amor e de liberdade com verdade, certos de que, a seu tempo, hão de germinar e frutificar”.

Lembrando as palavras de São Paulo, na segunda leitura deste domingo, – Não sabeis que um pouco de fermento leveda a massa toda?- o prelado diocesano sublinhou que é necessário que cada cristão possa contribuir para a devolução da esperança a quem a perdeu e assim ajudar na criação de um mundo mais justo.

“Aqui está o fundamento da esperança cristã, que não é mera probabilidade de algo que possa acontecer, mas firme certeza da vitória da vida e da história humana, mesmo no meio das contradições de um mundo «globalizado», onde parece que os mais débeis, os mais pequenos e os mais pobres pouco podem esperar”.

D. António de Sousa Braga lembrou, ainda, que “é neste mundo, que tem de brilhar a esperança cristã, que, com a força da Ressurreição, nos compromete, aqui e agora, dando o nosso contributo para ajudar a construir uma sociedade à medida humana”.

Para o responsável pela Igreja Católica nos Açores “só quem acredita na ressurreição pode ter esperança”; aquela que “ilumina e mais tarde ou mais cedo produz frutos”.

“Poderá haver muitas coisas más”, mas onde há a esperança cristã “o bem tende a reaparecer e a espalhar-se e, cada dia no mundo, renasce a beleza que ressuscita transformada, através dos dramas da história”.

D. António de Sousa Braga lembrou a importância da Páscoa, como “a grande festa da Igreja” porque a Ressurreição de Jesus “está na base da fé cristã”.

O Bispo Diocesano lembrou a este propósito que a ressurreição “não é um mito religioso” e “faz parte do credo primitivo dos cristãos” e “deve ser transmitido a toda a humanidade” por cada um dos cristãos.

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