Bispo de Angra orienta retiro de sacerdotes no Pico

11 padres vão estar no Santuário do Senhor Bom Jesus do Pico até sexta feira.

O Evangelho de São Marcos vai servir de mote para o retiro de sacerdotes que o Bispo de Angra vai orientar a partir de hoje até sexta feira, dia 25 de abril, no Santuário do Senhor Bom Jesus, em São Mateus do Pico.

 

Os 11 sacerdotes inscritos para este terceiro retiro diocesano, oriundos de São Miguel, Terceira, Faial e Pico, vão analisar, também, a Exortação Apostólica do Papa Francisco – A Alegria do Evangelho- tendo como orador principal o Pe Abel Vieira, Pároco da Matriz da Praia da Vitória, na ilha Terceira.

 

Em declarações ao Portal da Diocese, o Prelado Diocesano sublinhou a importância de relacionar o Evangelho de Marcos com aquilo que é dito pelo Papa Francisco a propósito da necessidade de conversão pastoral.

 

“Nós fomos chamados por Deus para exercer este ministério e ele chamou-nos para anunciarmos o evangelho e, ao fazermos isso estamos a promover a cultura do encontro”, clarificou D. António de Sousa Braga lembrando que as “meditações que iremos fazer vão no sentido de articularmos tudo isto com a nossa realidade diocesana concreta”.

 

Também na Diocese “entendemos que é necessário ir contra a corrente e promover uma verdadeira cultura do encontro”, frisou o Bispo de Angra que não tem dúvidas de que estes dias “irão ser importantes porque o Evangelho de São Marcos é muito profundo” e a exortação do Papa “é atual e interpelante, convidando-nos a refletir muito seriamente sobre a conduta da Igreja”.

 

De resto, lembra o prelado diocesano, as “meditações que vamos fazer vão ter por base a homilia do Papa na missa do Rio de Janeiro durante as Jornadas Mundiais da Juventude”.

 

Recordo que nessa altura, o Santo Padre dizia que “não podemos ficar encerrados na paróquia, nas nossas comunidades, quando há tanta gente à espera do Evangelho! Não se trata simplesmente de abrir a porta para acolher, mas de sair pela porta para procurar e encontrar”.

 

“Não tenhamos medo”, acrescentou, pedindo que a ação da Igreja seja pensada a “partir da periferia”, daqueles que estão mais afastados e habitualmente não frequentam a paróquia.

 

Aos padres e religiosos presentes, o Papa falou na “vida em Cristo” como garantia da “eficácia apostólica” e da “fecundidade” do seu serviço: “Não é a criatividade pastoral, não são as reuniões ou planeamentos que garantem os frutos, mas ser fiel a Jesus”.

 

“O ‘permanecer’ com Cristo não é isolar-se, mas é um permanecer para ir ao encontro dos demais”, prosseguiu, citando Madre Teresa de Calcutá e o seu trabalho junto dos mais pobres.

 

Em conclusão, Francisco desafiou os presentes a serem “obsessivos” servidores “da comunhão e da cultura do encontro”, junto dos “irmãos e irmãs que estão nas periferias e têm sede de Deus”.

 

Este será o terceiro retiro de sacerdotes, organizado neste ano pastoral pela Diocese. O primeiro decorreu em São Miguel de 27 a 31 de janeiro e o segundo em Angra, de 3 a 7 de fevereiro, ambos orientados pelo Pe Ricardo Neves, responsável pela paróquia de Santo António do Estoril, e com um vasto currículum na liderança de seminários e na pastoral vocacional.

 

O retiro anual do Clero, além de ser uma obrigação canónica, é também uma oportunidade para o crescimento espiritual dos presbíteros e para reforçar a unidade com o  seu prelado diocesano.

 

Para fazer um retiro é necessário que haja “disposições interiores, tais como, silêncio, meditação, oração pessoal e entrega para uma revisão de vida, que no caso dos presbíteros diz respeito à renovação do compromisso ministerial assumido no dia da ordenação presbiteral”.

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