Bispo de Angra diz que é na família que a paz começa a ser construída

Prelado deixa mensagem para este 50º Dia Mundial da Paz,uma efeméride criada por Paulo VI

O bispo de Angra exorta os diocesanos a percorrerem “um outro caminho” marcado pela “justiça, misericórdia, acolhimento, inclusão, e promoção da dignidade humana, de amor e de não violência” com vista à promoção de uma sociedade de paz, que deve começar nas famílias.

“A família constitui o lugar indispensável no qual cônjuges, pais e filhos, irmãos e irmãs aprendem a comunicar e a cuidar uns dos outros desinteressadamente e onde os atritos, ou mesmo os conflitos, devem ser superados, não pela força, mas com o diálogo, o respeito, a busca do bem do outro, a misericórdia e o perdão” afirma D. João Lavrador.

Na Mensagem de Ano Novo, que começa com a celebração do Dia Mundial da Paz, a que o Sítio Igreja Açores teve acesso, D. João Lavrador afirma que “é a partir da família que a Paz vivida e convivida poderá atingir toda a sociedade”, acompanhando o Papa no convite à vivência das Bem-Aventuranças como um programa de vida para uma sociedade a viver em paz.

“Neste programa deve empenhar-se cada cristão, cada família, cada comunidade cristã, mas também todos os que revestidos de autoridade publica têm o dever de proporcionar uma organização social assente na não violência”, acrescenta o prelado.

O bispo de Angra pede aos açorianos que  prestem uma maior atenção ao que ocorre à sua volta, porque há “ situações de violência na família, na vizinhança, nas empresas e tantas vezes em cada pessoa”, gerando-se assim “focos de violência que devem ser eliminados”.

O responsável pela igreja católica nos Açores, que faz a sua primeira mensagem de Ano Novo como bispo residencial, recorda a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz 2017, sublinhando a importância da “não-violência tornar-se o estilo característico das nossas decisões, dos nossos relacionamentos, das nossas ações, da política em todas as suas formas”.

O prelado acompanha Francisco na afirmação de que vivemos “um mundo dilacerado por uma violência que se exerce aos pedaços”, de maneiras diferentes e a variados níveis, e que provoca “enormes sofrimentos de que estamos bem cientes: guerras em diferentes países e continentes; terrorismo, criminalidade e ataques armados imprevisíveis; os abusos sofridos pelos migrantes e as vítimas de tráfico humano; a devastação ambiental”.

“Sabendo que a violência nunca é resposta, exige-se a proclamação da Boa Nova da Paz que nos é oferecida por Jesus Cristo que de diversos modos a revela ao longo da Sua pregação e dos Seus gestos” salienta o bispo de Angra frisando que hoje para se ser verdadeiro discípulo de Jesus “significa aderir também à sua proposta de não-violência”.

Na mensagem para o Ano Novo, D. João Lavrador começa por afirmar que está à porta “um novo ano e com ele renasce a esperança e projetam-se sonhos para uma sociedade mais humana e uma vida mais feliz”.

“A paz faz parte dos anseios de todos os povos que sentem os horrores da guerra, da injustiça e da miséria” e embora  esteja “longe de muitos de nós, os seus efeitos atingem toda a humanidade”, adianta.

D.João Lavrador termina a mensagem com “Votos de um bom e próspero ano” aos diocesanos que residem nas nove ilhas mas também aos que vivem na diáspora.

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