Bispo de Angra pede aos finalistas da Universidade dos Açores que coloquem o saber ao serviço dos “dos mais débeis e marginalizados”

Prelado presidiu à Missa da Bênção das Pastas dos finalistas da Universidade dos Açores

O bispo de Angra convidou este domingo os finalistas da Universidade dos Açores, pólo de Ponta Delgada, a terem uma atitude de serviço e de defesa dos mais frágeis.

No dia em que se assinala a festa da Divina Misericórdia, D. João Lavrador presidiu à missa de Bênção das Pastas dos estudantes finalistas do Pólo de Ponta Delgada, da Universidade dos Açores.

“Pertence-vos a vós introduzirdes no vosso modo de actuar profissionalmente a atitude de serviço e a defesa dos mais débeis e marginalizados”, disse o prelado desafiando-os a empenharem-se na “busca das raízes sólidas que caracterizam a nossa identidade” para ajudarem a construir “o futuro em segurança e dotá-lo de verdadeiro humanismo”.

“Ninguém ignora a sociedade e a cultura que vos espera e os problemas que as caracterizam. Está nas vossas mãos, no vosso empenho e nos vossos sonhos transformá-las” disse D. João Lavrador na Missa da Bênção das Pastas celebrada na igreja de Nossa Senhora de Fátima, no Lajedo.

Durante a homilia o prelado denunciou “o materialismo, a indiferença, o sucesso a todo o custo e o individualismo”, que imperam na nossa sociedade na qual se vive “uma ética de ocasião e regulada por interesses individuais”.

“Vivemos na superficialidade dos factos e nas manifestações epidérmicas dos acontecimentos sem capacidade de discernimento e de espirito critico” precisou D. João Lavrador.

O bispo de Angra apelou, por isso, aos futuros licenciados que aceitem o desafio de construir “uma sociedade mais justa e pacifica, mais humana e integradora, mais acolhedora e participativa”.

Centrando grande parte da homilia na festa dos estudantes de Ponta Delgada, e de olhos postos na reflexão do Papa Francisco nas Nações Unidas em 2015, D. João Lavrador, sublinhou o quanto a sociedade espera destes jovens.

“Sim, os homens e mulheres do nosso tempo esperam muito de vós. A ciência, a técnica e a sabedoria que fostes acumulando ao longo do vosso curso académico exige a continuidade na formação e na auscultação dos problemas que afectam a humanidade de hoje para que, através do vosso empenho e esforço, alcancem a plena realização”, adiantou.

A bênção das pastas foi celebrada no âmbito da festa da Divina Misericórdia, invocada desde 2000 no primeiro domingo depois da Páscoa, por iniciativa de São João Paulo II, inspirado na figura Santa Faustina Kowalska (1905-1938) e o bispo de Angra não deixou de fora os apelos a toda a comunidade cristã açoriana.

A partir do Evangelho exortou os açorianos, uma vez mais a serem testemunhas da nova criação e a comprometerem-se com gestos concretos de “renovação e de humanização” junto de todos os “que esperam uma palavra ou um gesto de libertação”.

Destacando que vivemos num “mundo tão sedento de paz”, D. João lavrador afirmou que todos os cristãos são chamados a serem como os discípulos e a partirem em missão.

“Gesto profundo e significativo que temos por obrigação meditar e assumir como compromisso para a nossa vida pessoal e comunitária e é de uma forte implicação para a transformação e renovação de mundo” afirmou.

A Eucaristia concelebrada por outros sacerdotes de Ponta Delgada, incluindo o responsável diocesano pela pastoral universitária,  foi participada por dezenas de estudantes e pelas suas famílias que encheram por completo a Igreja de Nossa Senhora de Fátima.

 

 

 

 

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