Bispo de Angra quer sacerdotes que sejam “o amparo dos mais pobres” e “servidores de alegria”

O prelado diocesano presidiu à missa da festa jubilar de ordenação de 10 sacerdotes

O bispo de Angra presidiu este domingo à celebração principal da festa jubilar de ordenação de dez presbíteros diocesanos na Sé de Angra e, retomando uma expressão do Papa Francisco, pediu-lhes que sejam “servidores da alegria e amparo para todos os fieis”.

D. João Lavrador lembrou que o povo de Deus “deve sentir o perfume” da vida de cada sacerdote que é oferecido “por uma vida sacramental, de oração, de meditação e escuta da Palavra de Deus, pela caridade fraterna e pela vida em comunhão”.

“Deste modo somos servidores da alegria e do amparo para todos os fiéis” acrescentou lembrando que esta é uma “interpelação muito forte à acção evangelizadora”.

“O perfume atrai e cria o bem estar de todos os que nos envolvem. Assim deve ser a vida em Cristo vivida e partilhada pelos sacerdotes”, precisou, lembrando que o Sacerdote porque tem uma vida configurada em Cristo “protege a vida do pobre contra  a mão dos perversos”.

“Na verdade, a ação do sacerdote é feita no meio dos homens concretos. Partilhando das suas dúvidas e perplexidades, dos seus temores e fragilidades, mas oferecendo-lhes a força que vem tão só de Deus que nunca desiste de estar no meio dos Seus filho”, disse.

Por outro lado, o prelado diocesano pediu aos padres um compromisso na promoção da pastoral vocacional.

“Nesta nossa celebração realçamos a beleza da vocação sacerdotal e queremos ser anuncio jubiloso perante toda a diocese do sentido profundo que provoca o chamamento divino na vida de cada um de nós” afirmou.

“Muito gostaríamos que este hino de acção de graças ao Senhor fosse também um desafio lançado aos jovens que se interrogam sobre o seu futuro para encontrem em nós um testemunho a indicar o caminho para Jesus Cristo que quer revelar em cada um o Seu amor e n’Ele chamar cada pessoa a segui-Lo”.

Por fim lembrou que este dia que assinala os jubileus das ordenações jubilares é de ação de graças mas também de invocação: “Caros sacerdotes, viemos renovar a Graça de Deus que nos foi oferecida no dia da nossa ordenação mas vimos também pedir a força necessária para continuarmos numa nova etapa da nossa vida a ser discípulos de Jesus Cristo, atentos às interpelações do Espirito e à realidade concreta dos nossos irmãos”.

“Estamos em tempo a exigir um discernimento permanente e profundo para corresponderemos aos desígnios de Deus para o nosso mundo”, adiantou ainda precisando que se trata de um “Discernimento feito com uma vida espiritual exigente, na escuta da Palavra de Deus, na meditação, na oração e na vida sacramental”.

Entre os sacerdotes diocesanos insulares,  que comemoram o jubileu da sua ordenação presbiteral, estão dois que celebram bodas de ouro. Os padres Raimundo Bulcão e Manuel Garcia da Rosa, ambos naturais do Faial, foram ordenados há 60 anos.

De entre os sacerdotes jubilados contam-se ainda dois que celebram meio século de ordenação a saber: o Pe. António Machado Alves, residente na Graciosa e o Pe. Victor Vieira, dos Arrifes.

Já a celebrar as bodas de prata da ordenação sacerdotal, ou seja 25 anos,  estão os Padres Jaime Silveira, natural das Flores e José Júlio Rocha, natural da ilha Terceira, ambos professores no Seminário Episcopal de Angra, bem como Paulo Batista, Pedro Tavares Carreiro e Valter Correia, de São Miguel.

Depois da Missa, seguiu-se um jantar no Seminário Episcopal de Angra.

 

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