Bispo Emérito de Angra foi o segundo bispo residencial natural dos Açores

D. António será distinguido pelo parlamento e governo regional numa cerimónia que decorre em Vila Franca do Campo

O Bispo Emérito de Angra, adepto confesso das Festas em honra do Divino Espírito Santo, vai ser distinguido no dia da região com as mais altas insígnias regionais a 16 de maio, segunda feira de Pentecostes, numa cerimónia que decorrerá em Vila Franca do Campo.

O prelado, que é natural de Santo Espírito, na ilha de Santa Maria, uma das que mantem mais vivo e genuíno esta manifestação de religiosidade popular, vai ser distinguido com mais 25 personalidades, entre elas o ex primeiro ministro António Guterres.

Não é a primeira condecoração que recebe. No ano passado, em Setembro, a Câmara Municipal de Angra atribuiu-lhe as chaves de honra da cidade, tornando-o cidadão honorário.

Na altura a autarquia sublinhava o facto de D. António de Sousa Braga ter “dado um rosto humano à igreja açoriana” e de ter sido o único bispo residencial que tinha sido ordenado na Sé de Angra, a 30 de junho de 1996, depois de ter sido escolhido pelo Papa João Paulo II para se tornar no 38º bispo de Angra.

  1. António de Sousa Braga nasceu em Santa Maria, em março de 1941

Após a escolaridade na sua ilha natal deu entrada, em 1954, no Colégio Missionário do Sagrado Coração de Jesus do Funchal onde fez a primeira etapa da sua formação religiosa e sacerdotal.

Fez a primeira Profissão Religiosa a 29 de Setembro de 1962 na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus, também conhecidos por Padres Dehonianos.

Partiu para Itália onde fez o biénio filosófico em Monza.

Licenciado em Teologia (1966-1970) e em Ciências Sociais (1970-1973) na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma, foi ordenado sacerdote, em Roma, a 17 de Maio de 1970, pelo Papa Paulo VI, na Praça de São Pedro.

Regressado a Portugal exerceu vários ofícios na sua Congregação de entre os quais se destacam: formador no Seminário de Alfragide (1973-1976); Superior Provincial da Província Portuguesa dos Dehonianos (1976-1982); Superior do Colégio Missionário do Sagrado Coração de Jesus do Funchal (1982-1983); Superior e Reitor do Seminário de Alfragide (1983-1989); Diretor Espiritual do mesmo Seminário (1989-1991).

De 1983 a 1991 também exerceu o ofício eclesiástico de Pároco da Paróquia de Alfragide, no Patriarcado de Lisboa. Em 1991 parte novamente para Roma dado ter sido eleito no Capítulo Geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus, Assistente Geral da sua Congregação, cargo que exerceu até ser nomeado Bispo de Angra, a 9 de abril de 1996, pelo Papa João Paulo II. A sua ordenação episcopal decorreu a 30 de junho de 1996, tendo entrado de imediato na diocese.

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