Bispos católicos vão visitar refugiados na Jordânia

Comitiva integra o padre português Duarte da Cunha, secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa

14 bispos da Europa, América e África do Sul, que integram o grupo de Coordenação das Conferências Episcopais a favor da Igreja Católica na Terra Santa, vão encontrar-se com refugiados na Jordânia.

Segundo um comunicado enviado hoje à Agência ECCLESIA, a iniciativa vai decorrer no âmbito da visita anual daquele organismo ao território, entre 7 e 14 deste mês.

A chegada à Jordânia está prevista para o próximo domingo, sendo que os representantes católicos serão acompanhados pelo padre português Duarte da Cunha, atual secretário-geral do Conselho das Conferências Episcopais da Europa.

Para o sacerdote, esta viagem é uma forma da Igreja Católica mostrar que “não abandona” estas pessoas nem as comunidades cristãs radicadas na Terra Santa.

“É acima de tudo uma batalha contra a isolação, contra a indiferença”, frisa o representante da CCEE, destacando ainda a importância de continuar a apoiar a peregrinação aos locais santos.

Uma forma de “favorecer a recuperação da economia local e de erradicar a pobreza”, que é sempre um “terreno propício para o aparecimento dos fundamentalismos”, complementa.

A maior parte dos refugiados na Jordânia são pessoas e famílias provenientes da Síria e do Iraque, que tiveram de fugir devido à guerra.

Antes deste encontro, os bispos católicos que integram o grupo de apoio à Terra Santa vão passar dois dias em Gaza, na Palestina, junto da comunidade cristã local.

 

O programa prevê a celebração de uma “missa na paróquia da Sagrada Família”, uma “visita a uma escola gerida pelas Irmãs do Santo Rosário”, e a passagem por “vários outros projetos que procuram ajudar as pessoas a retomar a sua vida normal”, depois dos últimos conflitos armados.

Também uma breve paragem em Belém onde os prelados vão encontrar-se com membros da comunidade de Beit Jala, incluindo dezenas de famílias cristãs que viram as suas terras confiscadas devido à construção de um muro de separação entre Israel e a Palestina, no Vale de Cremissan.

A visita dos bispos católicos às comunidades cristãs da Terra Santa acontece desde 1990.

 

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