Diocese de Angra prepara subsídio pastoral para as festas do Divino Espírito Santo

Documento  pretende reforçar a vivência religiosa desta tradição

A Diocese de Angra quer dar uma nova dimensão às festas do Divino Espirito Santo, no Arquipélago dos Açores, através do lançamento de um conjunto de subsídios para a vivência desse tempo.

Em declarações ao Sítio Igreja Açores, o diretor do serviço diocesano de Liturgia realçou que “não está em causa impor um ritual mas sim dar dimensão espiritual e teológica a uma tradição profundamente enraizada no povo açoriano”.

“As festas do Espírito Santo marcam a identidade açoriana mas a sua dimensão religiosa não pode ser afastada e por isso, entendemos que este contributo pode ser válido para garantir alguma unidade nestas festas”, refere o padre Marco Luciano Carvalho.

Este conjunto de subsídios, que será publicado no próximo fim de semana em Angra, pretende ajudar as irmandades e os impérios a celebrar esta festa já este ano tendo em conta este subsidio.

Será “apenas um subsídio pastoral e nada mais do que isso”, reforçou o sacerdote, que espera “valorizar uma tradição que tem uma enorme ligação à fé e à religiosidade popular”.

Aliás, ainda a este propósito,  o bispo de Angra salientou a importância destas festas e, sobretudo, da necessidade da sua “permanente evangelização”. A par da pastoral social a que estas festas também estão muito ligadas, a diocese continua a investir programaticamente na evangelização da religiosidade popular açoriana de forma a que ela não se esgote numa tradição cultural e etnográfica.

As festas em hora do Divino Espírito Santo são uma das mais importantes manifestações cristãs e de religiosidade popular dos Açores, que congregam também muitas comunidades de emigrantes no exterior.

Existem pelo menos cerca de 200 Irmandades englobadas nesta devoção, em todo o arquipélago mas também em Portugal continental e em países como Canadá, Estados Unidos da América, Brasil, nas Ilhas Bermudas e no Havai.

Os festejos começam depois da Páscoa e prolongam-se até ao oitavo domingo seguinte, da Santíssima Trindade, podendo mesmo chegar até ao Verão, no âmbito do regresso de inúmeros emigrantes açorianos à sua ilha natal.

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