“É um programa de trabalho voluntário que me ajuda a crescer espiritualmente e como pessoa”, diz Fábio Carvalho

Seminarista de Angra está em Fátima pelo segundo ano consecutivo a prestar serviço no acolhimento aos peregrinos

O seminarista da diocese de Angra Fábio Carvalho está até ao final deste mês de julho em Fátima, onde é voluntário no Serviço de Acolhimento aos Peregrinos.

Pelo segundo ano consecutivo repete a experiência num programa que, diz, o ajuda a crescer pessoal e espiritualmente.

“Está a ser uma experiência muito enriquecedora. Vim a primeira vez em 2017, ano do centenário, com muita gente e por isso a experiência foi muito boa. Aqui cresço espiritualmente, porque é um lugar de oração, mas a nível social o contacto com os peregrinos, as suas línguas, a sua diversidade também me ajudam a crescer como pessoa” referiu numa pequena conversa com o Sítio Igreja Açores.

Fábio Carvalho vai para o último ano do sexénio, no Seminário Episcopal de Angra, a partir de setembro e o trabalho pastoral vai ser a sua prioridade no seminário,  por isso estar em Fátima também o ajuda nesse sentido. Aos 33 anos de idade é o mais velho seminarista em Angra. No próximo dia 1 de novembro será ordenado diácono com vista ao sacerdócio.

Será mais uma etapa na vida deste jovem natural da Ribeira Grande, ilha de São Miguel, que tem uma experiência de vida que só há seis anos passou para o Seminário, após muitas resistências e dúvidas que o levaram por outros caminhos desde os estudos à vida laboral numa empresa de construção civil.

“Aqui em Fátima aprofundamos o conhecimento do Santuário, que é um espaço privilegiado para o acolhimento, mas também crescemos como pessoas e aprofundamos a nossa espiritualidade” destaca o seminarista desafiando os colegas a seguirem o seu exemplo.

“Dos Açores para aqui é um pouco mais caro por causa das viagens mas os colegas dos seminários no Continente devem fazer esta experiência” refere Fábio Carvalho que descreve ao Igreja Açores o programa diário durante 15 dias: de manhã laudes, serviço de acolhimento; á tarde vésperas e depois participação no Rosário e na procissão das Velas, “se assim desejarmos”.

As despesas de alojamento e alimentação são asseguradas pelo Santuário que nos momentos de oração destina sempre um capelão para acompanhar os seminaristas.

O programa existe há décadas no Santuário, mas cada vez há menos voluntários vêm sobretudo entre julho e agosto e este ano o seu trabalho de acolhimento é complementado pelo trabalho dos jovens voluntários integrados no programa SETE que se prolonga até setembro.

Neste programa, o Santuário propõe aos jovens com idades entre os 16 e os 35 anos uma experiência de imersão de voluntariado neste lugar. A experiência permite aos participantes penetrar na vivência do lugar e da sua mensagem, através de dinâmicas de acolhimento de peregrinos, do aprofundamento espiritual e da imersão no acontecimento de Fátima.

Os destinatários da iniciativa são todos os jovens, estejam ou não ligados a algum movimento eclesial, inquietos pela experiência cristã do acolhimento e da peregrinação, em busca de uma vivência espiritualmente rica, profunda e partilhada com outros jovens, ou que se interroguem sobre o sentido e a atualidade do acontecimento e da experiência de Fátima.

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