Festa do Senhor Santo Cristo sem peregrinos mas com transmissão televisiva em direto

Programa estende-se ao longo de uma semana e integra Missa em memória da passagem de São João Paulo II pelos Açores

A Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres não terá, pelo segundo ano consecutivo, a presença de peregrinos mas contará com a transmissão televisiva de todas as celebrações.

“Todas as Celebrações serão realizadas apenas com a presença das Religiosas de Maria Imaculada e do Coro do Conservatório. Todas terão transmissão televisiva” assegura uma nota  enviada ao Igreja Açores pelo Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

O programa oficial foi divulgado este sábado pelo cónego Adriano Borges que sublinha “caso a situação epidemiológica na Ilha (São Miguel) melhore, ou seja, que a Ilha passe para a situação de baixo risco, as Celebrações de segunda- feira, dia 10 e terça-feira, dia 11, já poderão contar com a presença de fieis”.

No dia 11 de Maio, nas Eucaristias a celebrar o Santuário fará memória de São João Paulo II, marcando os 30 anos da sua presença na Ilha.

O programa da festa começa já esta terça-feira, às 19h00, com o inicio do Triduo preparatório, que se prolonga até dia 6 de maio.

No dia 8, sábado, dia  em que deveria haver a mudança da Imagem e se realizaria a primeira grande Procissão em torno do Campo de São Francisco, com a entrega da Imagem pelas irmãs de Maria Imaculada, zeladoras do Senhor Santo Cristo, à mesa da Irmandade, será feita uma celebração da Palavra às 16h00.

No domingo, às 9h30, o bispo de Angra, D. João Lavrador,  preside à solene Eucaristia do Senhor Santo Cristo, uma Missa que habitualmente seria campal. Desta vez e pelo segundo ano consecutivo apenas contará com a participação da comunidade de religiosas dos Convento e com o coro do Conservatório Regional de Ponta Delgada . Também não haverá a tradicional procissão que percorre as principais ruas do centro histórico de Ponta Delgada, num percurso que demora cerca de quatro horas a completar.

Na segunda-feira do Senhor Santo Cristo, dia de feriado municipal de Ponta Delgada, haverá três celebrações: às 8h00, às 9h00 e às 11h00. No dia seguinte, dia em que se completam 30 anos da única visita papal que os Açores receberam, quando João Paulo II esteve em Angra e Ponta Delgada, as missas farão memória dessa efeméride. A partir desse dia serão retomados os horários habituais da Eucaristia, nomeadamente as missas às 8h00 e às 9h00.

No dia 13 de maio, quinta-feira do Senhor Santo Cristo, dia de habitual tolerância de ponto da administração pública regional e local, na ilha de São Miguel, por coincidir com o último dia oficial das festas, a Eucaristia celebra-se às 8h00 e às 9h00, estando agendada a deposição de ramo de flores junto à estátua de Madre Teresa da Anunciada e oração pela sua Beatificação, às 17h45, seguida da Eucaristia às 18h00.

O culto ao Senhor Santo Cristo dos Milagres é uma das maiores devoções da religiosidade popular açoriana, a par das Festas do Divino Espírito Santo. Habitualmente atraem à capital micaelense milhares de fiéis, sobretudo da diáspora açoriana.

O Santuário ainda equacionou pelo menos a realização da tradicional Missa Campal, no domingo do Santo Cristo, uma vez que as missas não estão proibidas pela Autoridade de Saúde Regional, mas a necessidade de controlar o número de pessoas na missa levou o Santuário a não arriscar responsavelmente a celebração dessa missa.

No passado dia 20 de abril, num comunicado tornado público através do Sítio Igreja Açores, o cónego Adriano Borges apelou à resiliência de todos os peregrinos e devotos do Senhor Santo Cristo.

“A situação pandémica trouxe perdas e sofrimento, em alguns casos, irreversíveis. Sentimo-nos mais próximos do Senhor, fazendo a dura experiência da cruz, no que ela tem de sofrimento. Mas também sabemos que é a cruz que nos salva e, por isso, nela encontramos o sinal da esperança”.

O cónego Adriano Borges referiu também que todos “desejaríamos que fosse já amanhã” o fim pandemia, mas isso é algo que, neste momento, “ninguém sabe ao certo”. Por isso, conclui, “a nossa fé desafia-nos a sermos parte da solução e nunca do problema. Como Reitor deste Santuário apelo a que cada um de nós respeite as indicações da Autoridade de Saúde protegendo-se a si e aos seus e, assim, respeitando todos os outros”.

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