Graciosenses cumprem voto de 300 anos

Festa foi celebrada no passado dia 24 de maio

Os Graciosenses estão a celebrar os 300 anos do voto feito a Nossa Senhora da Guadalupe e este ano a celebração decorreu com a presença do bispo de Angra e de dois sacerdotes convidados, os padres Bruno Espínola (natural da Graciosa) e Dinis Silveira.

De acordo com uma nota enviada ao sítio Igreja Açores, “muitos foram os que marcaram presença na procissão, uns com promessas outros com profunda devoção às imagens veneradas que mesmo com o tempo incerto fizeram questão de fazer todo o percurso”.

Todos os anos a tradição cumpre-se, primeiro com a celebração de missa pelas 07h00 na Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe e uma hora mais tarde, o arranque da procissão entre a Igreja de Guadalupe até à Igreja de Nossa Senhora d’Ajuda.

No monte D’Ajuda, celebra-se a missa campal e depois é tempo de percorrer novamente os 5 km’s para devolver a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe à sua “casa”.

A 24 de maio de 1717 os graciosenses fizeram um voto devido à crise sísmica que na altura colocava em sobressalto toda a costa norte da Ilha Graciosa. Como forma de interceder junto a Deus, prometeram levar Nossa Senhora de Guadalupe ao Monte de Nossa Senhora D’Ajuda, todos os anos, tirando para isso um dia do seu trabalho como forma de sacrifício.

300 anos depois a promessa continua sem nunca ter sido interrompida, mesmo que os votos já não sejam os mesmos.

Refira-se que no âmbito da celebração destes 300 anos, a primitiva imagem de Nossa Senhora de Guadalupe iniciou no ano passado uma peregrinação pelas diversas comunidades da ilha Graciosa, onde permaneceu dois meses em cada uma das seis comunidades graciosenses- paróquias e curatos

Durante este ano, com inicio na Matriz de Santa Cruz da Graciosa, a imagem permanecerá 2 meses em cada uma das 6 comunidades graciosenses- paróquias e curatos.

Reza a história   que a imagem foi trazida do México no século XVI por Domingos Pires da Covilhã, um dos primeiros povoadores do lugar, sendo a atual imagem do terceiro quartel do século XIX, oferecida por emigrantes graciosenses do Brasil.

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