Instituto Católico de Cultura promove jornada formativa sobre “Desafios sócio- económicos de hoje” e a “Economia solidária”

Iniciativa decorre nos dias 16 e 17 de janeiro, numa semana em que empresários e gestores promovem a nível nacional a Semana da Economia de Francisco

Bagão Félix, economista e Piedade Lalanda, diretora do Serviço Diocesano da Pastoral Social vão estar à conversa no próximo dia 16 de janeiro, no centro Pastoral Pio XII, para debater os “Desafios sócio Económicos de hoje”, numa iniciativa promovida pelo Instituto Católico de Cultura, que conta com o apoio do santuário do senhor Santo Cristo dos Milagres e da paróquia de São Sebastião, de Ponta Delgada

A jornada, com inicio às 20h30, é moderada pela professora catedrática Maria do Céu Patrão Neves e é aberta ao público em geral.

No dia seguinte, realiza-se a conferência sobre “Economia Solidária” que será proferida por Bagão Félix, na Igreja Matriz de Ponta Delgada.

António Bagão Félix nasceu em Ílhavo em 1948. Economista, é atualmente Professor Catedrático convidado na Universidade Lusíada. Ministro e Secretário de Estado em vários governos do Portugal democrático nas áreas das Finanças, da Segurança Social, do Trabalho e do Emprego. Desempenhou também múltiplos cargos em instituições, tendo sido, nomeadamente, vice-governador do Banco de Portugal, administrador nas áreas da banca e dos seguros, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz e membro de órgãos sociais de várias instituições de solidariedade social. Tem publicados muitos trabalhos e reflexões de âmbito técnico, profissional e religioso.

Estas são as segundas jornadas formativas do Instituto Católico de Cultura, desde que foi reativado. No ano passado o Instituto abordou a questão do Cristianismo Hoje.

O Instituto Católico de Cultura é uma instituição eclesial, com mais de 25 anos de vida, que pretende ajudar a diocese na sua caminhada formativa, visando uma presença cristã transformadora do mundo. É presidido por Monsenhor José Constância, vice-reitor do santuário do senhor Santo cristo e cónego capitular do cabido da Sé de Angra.

O evento acontece na semana dedicada à Economia de Francisco, promovida por gestores e empresários da Associação cristã ACEGE.

Em entrevista à Agência Ecclesia, João Pedro Tavares explicou que esta já esta tarde de terça feira,   o professor Luís Cabral vai explicar “o que significa a economia de Francisco a um economista clássico”, mais tradicional, e através do “testemunho pessoal” como começou a “incorporar estes valores cristãos no seu dia-a-dia, nas suas decisões”.

Esta quarta-feira, a ACEGE promove mais uma sessão na escola de negócios portuguesa (AESE Business School), que foi fundada em 1980, desta vez com a professora Fátima Carioca.

“Vai testemunhar onde está no sonho, naquilo que sonhou para a sua carreira e para a sua vida como um todo”, adiantou João Pedro Tavares, acrescentando que a oradora vai refletir sobre os seus “dons e talentos”, que “são recebidos por Deus e são uma dádiva” e como se devolve “à sociedade, como criar valor”.

A semana dedicada à ‘economia de Francisco’ vai terminar com uma conferência de Luigino Bruni, o diretor científico do encontro ‘Economia de Francisco’, pelas 18h30, desta sexta-feira, na Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa.

“Um dos testemunhos que dá é que desiludiu muito os seus mestres ao iniciar a economia de comunhão e introduzir valores não económicos no seu modelo e visão económica”, destacou João Pedro Tavares, realçando que Luigino Bruni compatibilizou o que deram “por adquirido que não era compatível”.

O presidente da ACEGE afirma que é “tudo” feito em preparação para as Jornadas Mundiais da Juventude de 2022, que vão decorrer em Lisboa, porque “é uma dinâmica que não se vai esgotar e não vai terminar Assis” mas “tudo parte de um mesmo caminho de transformação e enorme impacto”.

No dia 11 maio de 2019, o Papa convocou “jovens economistas, empresários e empresárias de todo o mundo” para o encontro ‘A economia de Francisco’, a que “faz viver e não mata”, nos dias 26, 27 e 28 de março deste ano, na cidade italiana de Assis.

“De São Francisco de Assis, vai um santo do século XII, XIII, buscar a sabedoria para reformular, para refundar, reconstruir a partir de algo absolutamente novo”, desenvolveu o entrevistado.

Segundo João Pedro Tavares, o Papa vai perguntar aos jovens o que é que o santo italiano, “filho rico de um mercantilista, hoje teria para dizer”: “Ele que em Assis e arredores largou as suas riquezas.”

“O Papa acredita muito nos jovens, se calhar mais do que em nós, para refundar e refazer um mundo absolutamente diferente; Que façam a introdução na economia de variáveis não económicas, como o amor e a verdade como critérios de gestão, é uma divisa da ACEGE; Porque não a compaixão, a misericórdia, e outras variáveis”, disse o presidente da Associação Cristã de Empresários e Gestores.

ACEGE, associação sem fins lucrativos, tem por lema inspirar líderes a viver o Amor e a Verdade no mundo económico e empresarial e a dar testemunho junto da comunidade, e através da ACEGE-Next, os seus jovens até aos 35 anos, está a promover diversas iniciativas com várias universidades portuguesas no contexto da ‘economia de Francisco’.

(Com Ecclesia)

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