Jovens da Terceira criam símbolo para dinamizar a preparação da JMJ de Lisboa

Casa da Cúria provincial das Irmãs Franciscanas da Imaculada Conceição, no Pico da Urze, é a primeira comunidade a acolher a Cruz, que irá percorrer toda a ilha

A Pastoral Juvenil da ilha Terceira criou uma cruz que irá percorrer todas as comunidades paroquiais, religiosas e movimentos, em torno da qual se dinamizará toda a preparação com vista à participação dos grupos de jovens da ilha na Jornada Mundial da Juventude, que decorrerá durante o verão de 2023, em Lisboa.

A cruz agora criada, em madeira, é uma réplica da primeira cruz da JMJ de 1984, aquando da criação da primeira Jornada Mundial da Juventude pelo Papa João Paulo II, e está assente numa base com a forma da Ilha que é de Jesus Cristo.

No início do Verão “confiamo-la à Comunidade Religiosa das Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição, na Casa Provincial do Pico Urze. Confiamos os nossos jovens à sua oração, durante este período estival! A história destas religiosas está fortemente associada à juventude, acompanhamento e formação. Por isso, a sua oração e experiência aquecerão e iluminarão as ações futuras” afirma uma nota enviada ao Igreja Açores pelo padre Hélder Miranda Alexandre, responsável pela pastoral juvenil na ilha Terceira.

“Todos os dias rezaremos diante desta cruz para pedirmos ao Senhor Jesus e à sua Mãe, que é símbolo desta jornada, para abrir o coração dos jovens à semente que Deus lá quer plantar e através da nossa oração e da oferta do nosso sacríficio todos os dias rezaremos pelos jovens” disse ao Igreja Açores a irmã Elvira Toledo, provincial da congregação.

“Esta cruz veio encher-nos a alma num momento difícil para todos nós e, por isso, diante dela, vamos rezar todos os dias pedindo pelos jovens e pelo mundo em geral”, referiu a religiosa que durante toda a vida tem dedicado uma especial atenção aos mais jovens quer pela via educativa quer pela via da catequese.

“Não é fácil cativar os jovens de hoje mas rezaremos para que Maria, Mãe de Jesus, e que está tão presente nesta Jornada, possa interceder pelos jovens de forma a que eles animem a nossa Igreja e possam ser o fruto da semente de Deus”, disse ainda.

Embora não haja um guião definido, até porque a cruz vai ficar durante todo o verão nesta comunidade, o que se pretende é “despertar nas comunidades uma grande mobilização rumo à Jornada Mundial da Juventude”. Por isso, a cruz irá percorrer toda a ilha, garante o padre Hélder Miranda Alexandre, responsável pela pastoral juvenil na ilha Terceira.

A cruz irá a todas as paróquias, independentemente de terem ou não grupo de jovens e, em torno dela, serão criados eventos de forma a dinamizar a oração e a preparação para a jornada de Lisboa.

Esta iniciativa está intimamente ligada ao projecto Say Yes, promovido pelo secretariado da catequese do patriarcado de Lisboa e que tem na ilha uma forte expressão.

Este gesto dos responsáveis pela pastoral juvenil da ilha assenta no desafio lançado pelo Papa João Paulo II aquando da criação da primeira Jornada Mundial da Juventude.

“Queridos jovens, ao final do Ano Santo confio-vos o sinal deste Ano Jubilar: a Cruz de Cristo! Levem-na ao mundo, como sinal do amor do Senhor Jesus pela humanidade e anunciem a todos, que somente em Cristo morto e ressuscitado há salvação e redenção” disse João Paulo II a 22 de abril de 1984, enviando assim os jovens, munidos deste símbolo, na missão de evangelização.

A pastoral juvenil da ilha Terceira pretende repetir o mesmo gesto esperando que este périplo por toda a ilha possa despertar os jovens para o papel fundamental que têm na Igreja como agentes de anuncio da boa nova de Cristo.

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