Organizações católicas alertam para persistência da pobreza em Portugal

Comissões Justiça e Paz das dioceses e institutos religiosos associam-se à mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos Pobres

As Comissões Justiça e Paz das dioceses e institutos religiosos em Portugal alertam para a persistência de altos níveis de pobreza no país, associando-se à mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos Pobres.

“Não podemos ignorar ou desvalorizar (como se de uma fatalidade se tratasse) a problemática da pobreza na sociedade portuguesa”, refere um comunicado conjunto enviado hoje à Agência ECCLESIA.

O texto saiu da reunião anual da Comissão Nacional Justiça e Paz, as Comissões Diocesanas Justiça e Paz de Braga, Bragança, Coimbra, Évora, Leiria-Fátima, Portalegre e Castelo Branco e Vila Real, e a Comissão Justiça, Paz e Ecologia dos Religiosos e Religiosas.

“A diminuição do desemprego tem contribuído para a redução dessa percentagem, mas persiste a pobreza mesmo entre trabalhadores empregados”, pode ler-se.

Após o encontro, em Fátima, as várias instituições católicas vieram recordar a mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos Pobres, que a Igreja Católica vai celebrar a 17 de novembro de 2019; essa celebração vai estar no centro da próxima conferência anual da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP).

A nota cita dados do INE, segundo os quais, em finais de 2018, 21,6% da população portuguesa se encontrava “em risco de pobreza ou exclusão social”.

As organizações católicas defendem que o combate à pobreza dever ser “um verdadeiro desígnio nacional”, como assumido pela Assembleia da República em 2018.

“Não podemos esquecer a dimensão mundial da pobreza e as regiões do mundo onde ela assume uma intensidade muito superior à do nosso país”, acrescenta o texto.

As Comissões Justiça e Paz citam várias passagens da mensagem do Papa para o III Dia Mundial dos Pobres, que “retrata velhas e novas formas de pobreza”, denunciando a “marginalização dos pobres”.

“Porque acreditamos que estes apelos têm plena atualidade na sociedade portuguesa e se enquadram perfeitamente na missão das Comissões Justiça e Paz, queremos salientá-los e divulgá-los por ocasião do nosso encontro anual”, conclui a nota.

(Com Ecclesia)

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