Ouvidoria de Angra do Heroísmo

Pelo Cónego Ricardo Henriques

A igreja precisa de “espaço e de tempo para a reflexão” sobre o modo de evangelizar no mundo de hoje, adianta o Cónego Ricardo Henriques, o novo ouvidor da reativada ouvidoria de Angra.

“Tem que haver espaços para a reflexão pastoral porque a tarefa de evangelização é cada vez mais difícil dados os ambientes novos” refere sublinhando que “é necessário ser capaz de promover o verdadeiro encontro com as pessoas” refere o sacerdote numa entrevista ao Igreja Açores.

“É uma reflexão que o clero tem de fazer mas não só. Temos também de chamar leigos e todos temos de ser capazes de pensar em conjunto”, precisou.

A nova Evangelização é, por assim dizer, um dos grandes desafios desta ouvidoria que  procura agora a melhor articulação entre as zonas mais rurais e periféricas e as zonas urbanas.

No total são 19 comunidades, servidas por 15 párocos, mas num território onde residem e estão presentes cerca de 30 sacerdotes.

“Embora cada zona pastoral- e a ouvidoria tem quatro- tenha a sua autonomia a pastoral de conjunto é essencial até para aproveitarmos iniciativas de uns e de outros” refere o Cónego Ricardo Henriques, que é também vice-reitor do Seminário Episcopal de Angra e Diretor do Serviço Diocesano da Pastoral das Comunicações Sociais da Igreja.

O sacerdote, nomeado a 22 de outubro pelo bispo de Angra, reconhece que esta ouvidoria é “complexa e diversificada” e deve ter uma forma de fazer pastoral especifica que vá ao encontro dos residentes, mas também daqueles que temporariamente procuram a igreja numa cidade multicultural, que é património da humanidade, e por isso, tem uma população muito flutuante e, sobretudo, pouco comprometida com a igreja. Por isso, adianta, o trabalho do ouvidor é essencialmente de coordenação “para que os vários sectores funcionem”.

“Mais do que esquemas e teorias o que temos de refletir é sobre a forma de chegarmos às pessoas e fazê-las sentir que formam uma comunidade que precisa de agir e de se comportar como tal” refere o sacerdote.

“É preciso formar as pessoas, ir ao encontro delas, potenciando aquilo que é bom e ultrapassar a fronteira da paróquia” que é como quem diz, ter uma visão mais global do ser igreja numa ouvidoria como a de Angra.

A entrevista do Cónego Ricardo Henriques pode ser ouvida este domingo, ao meio dia, no Rádio Clube de Angra e na Antena 1 Açores.

Scroll to Top