Ouvidoria dos Fenais de Vera Cruz inicia ano pastoral com o tema “Ser discípulo em comunidade”

O discipulado vai ser a grande trave mestra da equipa sacerdotal

A ouvidoria dos Fenais da Vera Cruz, na costa norte da ilha de São Miguel, definiu como tema do ano pastoral, que começa este primeiro domingo de outubro, “Ser discípulo em comunidade”, informa uma nota enviada ao Igreja Açores.

“A ideia consiste em nós, equipa sacerdotal, levarmos as comunidades a beber da fonte principal da Igreja primitiva, fundada em várias comunidades de discípulos” ressalva o ouvidor, padre Carlos Simas, tendo por base a passagem do Livro dos Atos dos Apóstolos “ eram assíduos à oração, ao ensino dos Apóstolos, à comunhão fraterna e à fração do pão” (At 2, 42).

O tema proposto será apresentado já este domingo, dia 2 de outubro, em todas as comunidades da ouvidoria, e será lançado o desafio a “uma transformação de comunidades instaladas pelo comodismo, individualismo social, a comunidades missionárias”, refere a nota que reclama a necessidade de “comunidades que à voz do Mestre se abram ao mandato, por Ele delegado”.

“O desafio que o clero desta ouvidoria coloca a si próprio é o de levar as comunidades a uma maior vivência espiritual que se torne comprometida com os sacramentos e impulsionada ao espírito de missão” sublinha a nota.

Por isso, “levar os fiéis a uma maior consciencialização do que é ser discípulo de Cristo e, ao mesmo tempo, a uma maior vivência da fé comunitária, tanto na vivência espiritual pelos sacramentos como na interajuda que se quer em espírito de sentinela, que não deixa ninguém de fora da prática da caridade” é o grande desafio.

“Não nos podemos esquecer  que a raíz do cristão é a fé que se quer sólida e bem robusta em tempos que não são fáceis do ponto de vista social e económico” reconhece o ouvidor padre Carlos Simas.

“Perante este quadro, a comunidade torna-se a `célula´ capaz de manter vivos os laços da caridade. Uma caridade que jamais exclui mas inclui. Que vai até às periferias buscar os esquecidos reinserindo-os na vivência comunitária”, acrescenta destacando que no contexto atual- pós pandemia e guerra- “ a crise económica” exigirá da comunidade “meios e mecanismos de auxilio aos mais frágeis e vulneráveis”.

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